Materiais:
Enviada em: 08/10/2018

Promulgada pela Organização das Nações Unidas em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito ao trabalho e a harmonia social. Conquanto, devido a desleal concorrência do mercado formal, muitas pessoas forçadas a exercerem profissões que ferem sua dignidade e moralidade, como a prostituição. Nesse contexto, convém ser avaliado as principais causas, bem como as consequências desse descaso com a sociedade atual.    Em primeira análise, convém ressaltar que investimentos quanto a profissionalização de sua população é, hoje, um dos principais fatores para o desenvolvimento de um país. Hodiernamente, ao ocupar a nona posição na economia mundial, seria racional propor que o Brasil possuísse uma atenção ímpar com sua educação. Contudo, a realidade é justamente o oposto e o resultado desse contrate é claramente refletido na relação entre trabalhos informais, como a prostituição, e o níveis acadêmicos desses indivíduos. De acordo co a Fundação Mineira de Educação e Cultura, dos 1,5 milhões de pessoas que vivem da prostituição, 45,6% tem o primeiro grau e 24,3% não concluíram o ensino médio. Nesse sentido, cabe ao Estado proporcionar mais suporte quanto a formação acadêmica desses cidadãos, dando-lhes o direito de escolher seu futuro, o que não ocorre hoje na prática.    Além disso, como já teorizado por Claude Leví-Strauss, a interpretação adequada do coletivo ocorre por meio do entendimento das forças que estruturam a sociedade, como inventos históricos e as relações sociais. Sob essa perspectiva, faz-se mister salientar o incentivo ao consumo do modelo econômico vigente no país, atualmente, como importante fator para a escolha da prostituição entre tantos jovens, a medida que, a enorme desigualdade social presente no Brasil,  proporciona  somente dois caminhos ao cidadão de periferia pobre e sem estudo, o crime ou a prostituição como forma de ascensão social. Dessa forma, evidencia-se que a prostituição não é, muitas vezes, uma escolha de vida, e sim um problema social, agravado pela sociedade do consumo e o baixo nível educacional da população.   Portanto, para que se reverta esse cenário preocupante no Brasil, urge a necessidade de que secretarias estaduais e municipais de educação, justamente a ONG's especializadas no acolhimento de pessoas que vivem na prostituição, promovam, por meio de visitas regulares, um maior acompanhamento nas comunidades carentes, principalmente  escolas, visando um maior atendimento às necessidades básicas a que todo cidadão tem direito, como educação, saúde e infraestrutura, a fim de que, todos os indivíduos tenham autonomia e atributos suficientes para escolherem seu futuro. Além de, por meio de campanhas publicitárias, o governo conscientize a população quanto a real situação da prostituição brasileira, oferecendo dados estatísticos acerca da vida dessas pessoas.