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Enviada em: 14/10/2018

Sol da meia noite       Em "Segundo Sol", novela brasileira, o cenário fictício recria a realidade das casas de prazer do país. Apesar da ilegalidade dessas e de seus donos, os chamados "cafetões", a prática de prostituição ainda não é crime. Logo, a quebra de direitos humanos é frequente à medida que causas - culturais e tecnológicas - acarretam a banalização da profissão.       É indubitável, em primeiro momento, a participação da herança cultural no processo. A imagem internacional do Brasil torna-se exemplo, uma vez que o slogan nacionalista da mulher, vítima do machismo social, passa a sexualizá-la mundo afora, o que é evidenciado na música popular de Tom Jobim, "Garota de Ipanema". Sendo assim, tal difusão cultural torna o Brasil alvo de turistas e brasileiros em tentativas de tornar realidade o que anseiam seus instintos, criando para si a cultura do prazer brasileiro.       Outrossim, o desenvolvimento tecnológico, ao emancipar o indivíduo, facilita a propagação da prostituição. Sites, aplicativos e chats são exemplos da influência virtual na vida de 1,5 milhão de prostitutos(as) - dados da Fundação Mineira de Educação e Cultura. Por conseguinte, a Organização das Nações Unidas evidencia a indústria do sexo como terceira maior no mundo, usufruindo 9 bilhões por ano. Afinal, sem legislações e proteções governamentais, adultos e crianças ficam sujeitas ao tráfico, aliciamento, dependência e abusos de um comércio mercenário.       Portanto, é imprescindível a ação de agentes sociais no combate à prostituição brasileira. O Governo Federal deve, a partir do Ministério da Cultura, criar novelas, seriados e campanhas sociais para a recriação da visão internacional da mulher brasileira, uma vez exportados à outras culturas pela televisão e mídia social. Além disso, deve financiar extensões de programas sociais a tais indivíduos, como o "Minha Casa, Minha Vida" e o "Bolsa Família". Ademais, o Supremo Tribunal Federal deve aprovar leis que regulem a prostituição, além de emendas visando a diminuição da divulgação pela internet. Só assim evitaremos a chegada do segundo sol.