Enviada em: 13/10/2018

A prostituição é relatada por diversos autores desde a Grécia Antiga até a contemporaneidade.Entre tanto, até hoje o profissional do sexo sofre com agressões físicas e psicológicas. Para que esse problema seja resolvido, é necessário a avaliação do sistema econômico e sem dúvidas deve haver a implementação de uma lei que torne a atividade ilegal,no entanto, existe a falta de ações sociais e governamentais.   Primeiramente, a prostituição reflete certamente um sistema econômico falho,no qual,faz com que pessoas recorram a uma profissão desvalorizada por não possuir condições de vida favoráveis. A obra Lucíola,de José de Alencar retrata uma mulher que teve que vender seu corpo para cuidar de sua família doente e sem recursos, logo depois, seu pai a expulsou de casa por ter se tornado uma cortesã e assim, a mulher passou a viver à margem da sociedade.O que ocorreu na obra literária é aplicado contemporaneidade pelo fato de que a economia tem influência direta na vida dos indivíduos por ser a base da sociedade.   Em segundo plano, a normatização da prostituição dialoga com a ideia de que há uma sexualidade masculina irrefreável, que precisa ser saciada, mesmo sem o consentimento do outro,-um dos pilares da cultura do estupro-masculina pelo fato de que a maioria de profissionais do sexo são mulheres. É necessário que a sociedade considere a prostituição como uma exploração, no entanto, as pessoas que são prostituídas não devem ser dadas como indignas. Ao contrário, as pessoas devem incorporar a luta pela superação dos preconceitos, da marginalização e da estigmatização das pessoas que vivem sob essa situação.   Diante disso,faz-se urgente o governo criar programas específicos para pessoas prostituídas como parte de ações afirmativas,o mesmo tempo em que é necessário um amplo trabalho de conscientização,palestras em pontos de prostituição,coibição da marginalização,da estigmatização das pessoas que vivem sob essa situação  e tornar a profissão ilegal com o fito de que essas pessoas se reinsiram na sociedade.