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Enviada em: 08/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro. No entanto, quando se observa os problemas relacionados à prostituição, atualmente, no Brasil, verifica-se que esse ideal iluminista se constata somente na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste ligada à realidade do país. Nesse contexto, convém analisarmos as principais causas de tal postura presente em nossa sociedade.    Primeiramente, podemos apontar a banalização da exploração sexual de menores como motivo agravador da situação no país. Segundo dados do Portal G1, quase metade das prostitutas afirmam ter ingressado nessa área ainda com menos de 18 anos, e por muitas vezes, influenciadas pelos próprios pais. É inaceitável que, em um país onde esse tipo de exploração é considerado crime, tais fatos ainda estejam ativos em nossa conjuntura social.      Outrossim, destaca-se a crise econômica e a imensa desigualdade social como impulsionadoras do problema da prostituição no Brasil. De acordo com dados divulgados pelo Portal R7, o número de prostitutas no país em 2017 aumentou cerca de 15% em relação à 2014. Observa-se que, infelizmente, devido à situação econômica que muitos brasileiros se encontram, principalmente os menos escolarizados e moradores de periferias, uma parte dessa população, em momento de desespero, não vê outra solução imediata exceto entrar nesse mundo tão desolador e moralmente degradado, em busca de um rápido retorno monetário para sustentar suas famílias.    É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de medidas que visem a construção de um mundo melhor. Destarte, o Governo Federal deve agir por meio de políticas que tenham como o objetivo a recuperação econômica no país, promovendo, especialmente, a diminuição da desigualdade social e maior oportunidade de trabalho para todos. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação muda as pessoas, e essas mudam o mundo. Logo, o Ministério da Educação deve instituir, nas escolas, palestras ministradas por psicólogos, que discutam como identificar, denunciar e combater casos de exploração sexual principalmente em menores de idade, a fim de que o ideal iluminista possa se fazer presente em nossa sociedade.