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Enviada em: 09/10/2018

Conforme o ideário rousseauniano, a desigualdade é um fenômeno que materializa-se no espaço social. Nesse contexto, o monopólio informacional, desde o período da colonização, expressa o contraste econômico entre as pessoas naquela época, porém, ainda hoje, submete cidadãos modernos à contextos de subalternidade como os da prostituição. Com efeito, percebe-se a configuração de um grave problema de contornos específicos, em virtude da perpetuação do rufianismo no cenário brasileiro e seus efeitos sobre os indivíduos em sociedade.      Em primeiro plano, evidencia-se que o legado histórico é um dos grandes responsáveis pela complexidade do problema. Logo, a exploração advinda do processo de escravidão persiste na contemporaneidade em contextos distintos, ao submeter as prostitutas à condições insalubres de trabalho além de possibilitar a prática do rufianismo, subjugando de maneira duplicada a desigualdade de condições de trabalho na prostituição. Nesse sentido, tal prática, mesmo que fortemente presente no século XXI, apresenta raízes intrínsecas ao passado brasileiro, o que dificulta ainda mais sua resolução.       Ademais, vale ressaltar que a ascensão de casas de prostituição no país evidencia, também, a precariedade do acesso ao conhecimento para a conquista de trabalhos dignos e bem remunerados. Desse modo, haja vista uma situação de desigualdade, cidadãos em busca de melhores condições de vida tornam-se alvos fáceis de ludibriações. Isso justifica a principal causa do problema: se as pessoas não têm acesso à informação séria sobre a questão da prostituição e seus efeitos de exploração, sua visão será limitada e assim, tendente à permanência.          Torna-se imperativo, então, desenvolver medidas que ajam sobre a problemática. Sendo assim, é fundamental a criação de ações que popularizem o efeito que os antepassados têm sobre a forma de pensar da sociedade atual, pelo Ministério da Cultura, em parceria com o Ministério Público. Tais ações devem se dar por meio de vídeos nas redes sociais sobre a responsabilidade, e a importância que a construção de conhecimento, e  a disposição de embargo cultural, tem na formação de uma opinião coletiva e dos indivíduos enquanto seres singulares. Talvez, assim, seja possível construir um país livre de desigualdades de qualquer espécie.