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Enviada em: 21/10/2018

A prostituição é, sem dúvida, uma das práticas mais antigas da humanidade, tendo seus primeiros registros, como é conhecida atualmente, nas civilizações da Mesopotâmia. Embora essa prática não seja recente, com os problemas enfrentados no Brasil atualmente, a prostituição tem crescido ano após ano de forma desenfreada. Diante dessa perspectiva, deve-se analisar os fatores que contribuem pra esse quadro.  Indiscutivelmente, uma das causas da prostituição no Brasil é a desigualdade social. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil os 1% mais ricos recebem 36 vezes mais que os 50% mais pobres. Isso se reflete não só na miserabilidade extremamente alta, mas também na baixa oferta de emprego formal, onde muitas pessoas recorrem a comercialização do corpo como forma de sobrevivência. É inaceitável que com a oitava economia mundial, o Brasil ainda tenha uma distribuição de renda tão desigual.  Ademais, existe ainda a questão do preconceito, onde travestis e transsexuais encontram grande resistência no mercado de trabalho. De acordo com a Associação Nacional de travestis e transsexuais, 90% das pessoas trans estão se prostituindo no Brasil. Nesse contexto, onde o preconceito ainda é um fator para a prostituição, cria-se uma marginalização dessa minoria. Dessa forma, é imprescindível pensar em formas de inclusão social, e consequentemente de inclusão no mercado de trabalho.  É visível, portanto, que medidas devem ser tomadas, para que a falta de opção não seja um impulsionador da prostituição. Sendo assim, é necessário que o governo federal incentive as grandes empresas, a contratação de pessoas trans, por meio de cotas, visando incluir essa parcela da população no mercado de trabalho. Além disso, cabe também ao governo federal a criação de políticas sociais, como o bolsa família, com intuito de atingir a população carente, a fim diminuir a desigualdade social. Ação que iniciada no presente, pode reduzir problemas futuros.