Enviada em: 11/10/2018

Strip clubs e bordéis podem ser encontrados com facilidade em quase todas as cidades. Em contrapartida, no século passado, tais serviços eram geralmente acessíveis apenas para a alta sociedade, mesmo, entretanto, sendo tido por muitos como tabu. Consequentemente, aliado à expansão desse negócio, problemas como pedofilia, objetificação das pessoas, aumento de doenças sexuais e gravidez indesejada tornam-se banais, uma realidade que precisa ser alterada.           Conforme estudos da Fundação Mineira de Educação e Cultura, no país, quase 2 milhões de habitantes se prostituem e, principalmente as mulheres, são tidas como objetos sexuais passíveis dos desejos e atitudes violentas de quem paga. Apesar de muitas entrarem nesse mundo apenas por não ter opções ou renda suficiente, a maioria está sujeita a esse comportamento padrão.         Ademais, a maior parcela dos prostíbulos sequer possui regras quanto à higiene, como demonstrado no filme nacional Anjos do Sol, que trata sobre a prostituição infantil. Em outras palavras, muitos homens não utilizam preservativo ao fazer sexo, resultando na alta taxa de transmissão DSTs, bem como em gravidez acidental.       Uma vez que essas mulheres que engravidam, elas se deparam com duas opções: abortar ou criar o filho. Se escolherem a primeira alternativa,  já que o aborto no país é ilegal, são sujeitas a métodos inseguros correndo risco de vida. Por outro lado, ao resolver criar o filho, darão a luz a uma criança em um ambiente horrível para o seu desenvolvimento, além de torná-la uma potencial vítima desse sistema de prostituição.       Ainda segundo a FUMEC, 7 a cada 10 prostitutas não possuem uma profissionalização e essa é a problemática central. Portanto, o MEC em parceria com as prefeituras municipais, deverá dar início a projetos afim da integração total dessas pessoas na sociedade, de modo que possam ter aulas para que estejam aptas a cursarem uma faculdade, ao passo que oferecem empregos provisórios em cargos que não exijam escolaridade.