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Enviada em: 11/10/2018

Sob o viés filosófico de Edgar Morin - ilustre pensador fracês - as relações e os comportamentos sociais são movidos por dogmatismos e doutrinas, as quais buscam a perfeição do indivíduo. Nesse contexto, diante desse princípio, a questão a prostituição brasileira é vista, lamentavelmente, como uma promiscuidade errônea, cujo aspecto seja a relação sexual com indivíduos desconhecidos, em que gera uma problemática preconceituosa e excludente aos profissionais do sexo. Outrossim, a falta de visibilidade temática aprofunda o caos de desrespeito aos grupos marginalizados.      Em primeira instância, vale salientar que a falta de oportunidade àquelas pessoas praticantes da prostituição advém, desde a época Colonial, a partir do descaso governamental, com a falta de empregos, principalmente, femininos. Sendo assim, a negligência do Estado fortalece a vida de programas sexuais, ou seja, a isonomia de direitos, estabelecidos pela Constituição Brasileira, não é adquirido  e as pessoas passam a exercer a prostituição. Com isso, a visão preconceituosa da sociedade aos garotos e garotas de programa, parte da perspectiva de perfeição do outro, como explicita Edgar Morin, a qual o julgamento torna os indivíduos excluídos na sociedade e aumenta os índices de violências nos atos sexuais e nas ruas.      Ademais, indubitavelmente, a ausência de disseminação e reparo a tais classes elevam o aparecimento de novos grupos na prostituição. Contudo, na obra modernista "Capitães da Areia", de Jorge Amado, há um maior debate com relação às prostitutas e, com efeito, torna a exclusão menor e inclui essas pessoas na sociedade, sem banalizar a libertinagem por métodos dogmáticos e descoloniza a mentalidade equivocada atual de parte da população, que mistifica como vagabundagem os programas. Porém, a obra retrata a realidade, mas ainda reforça que, na contemporaneidade, continua a falta de oportunidades e, assim, o caminho do meretrício do corpo é a "salvação".       Portanto, entende-se a necessidade de dar autonomia aos profissionais sexuais, para haver uma harmonização humana na sociedade brasileira. Logo, é dever primordial das Instituições Federativas, estabelecer novos caminhos de emprego às classes da prostituição, por meio de incentivos fiscais para as empresas brasileiras, a fim de disponibilizar mais vagas de trabalho, com intuito de erradicar os trabalhos informais do sexo que, muitas vezes, por necessidade de sobrevivência entram nesse cotidiano, uma vez que as ordens federativas enquadram todas as populações. Em suma, o respeito aos indivíduos que realizam vidas sexuais aumentará e a comunidade brasileira deixará de viver a partir de padrões perfeitos, com doutrinas excludentes como expõe Morin.