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Enviada em: 18/10/2018

O filme Bruna Surfistinha retrata a história de uma mulher que decide se sustentar com o dinheiro ganho como profissional do sexo. Apesar de abordar uma série de problemas vivenciados pela personagem principal, o longa-metragem não expõe vários fatores negativos que estão ligados a esse mercado, como por exemplo a exploração sexual infantil, o risco de contrair doenças e a violência contra mulher. Tais fatos contribuem para a construção da visão que muitos ainda possuem sobre a prostituição como algo banal e que deve ser escondido. Devido a isso, é importante abordar o tema como um problema social.       Em primeiro lugar é válido ressaltar que existem milhares de crianças submetidas a situação de exploração sexual. Essa afirmação é realidade em todo Brasil, porém são nas áreas mais pobres que o problema se concentra, como em certas regiões do Nordeste em que é comum pais negociarem horas de sexo de suas filhas com caminhoneiros, em troca de dinheiro ou alimento. Essa situação contribui negativamente para o desenvolvimento da criança, que cresce vulnerável à doenças sexualmente transmissíveis e com danos piscológicos muitas vezes irreversíveis.       Em segundo lugar temos que a submissão, em sua maioria, da mulher ao homem por motivos financeiros, contribui para o agravamento do contexto machista em que se insere a cultura brasileira. De acordo com pesquisar realizadas pela Revista Brasileira de Enfermagem, cerca de 41% das prostitutas entrevistadas declaram ter sofrido algum tipo de violência, seja ela física, psicológica ou sexual. Tendo em vista que a saúde da mulher é um direito garantido pela Constituição de 1998, é preciso considerar a prostituição como uma vertente que afeta a efetivação desse.       Portanto, mostra-se necessário solucionar os problemas sociais ligados à prostituição e para que isso ocorra é preciso primordialmente que a comunidade crie associações especializadas que busquem validar tal prática como uma profissão e assim seja possível exigir os direitos do indivíduo e erradicar a presença de crianças esse mercado. Somado a isso é necessário que as Escolas abordem a temática em palestras de forma a contribuir com a formação de cidadãos tolerantes e consequentemente seja possível evitar a violência no seu sentido geral, incluindo a contra mulheres. Com realização de medidas assim é concebível uma realidade no Brasil livre do problema social abordado.