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Enviada em: 12/10/2018

Na idade média, mulheres que se vendiam eram brutalmente banalizadas tanto pela sociedade como pela igreja, por corromper a moral cristã, assim eram queimadas vivas em praças publicas como bruxas. Hodiernamente, de acordo com a constituição de 1988, a prostituição teoricamente não é considerada crime, somente o rufianismo. Entretendo, a prostituição gera em torno de si graves problemáticas sociais. Nesse contexto, deve-se analisar a persistência das violências morais e físicas que se aglomeram nesse ramo e principalmente a vulnerabilidade de tal profissão.    O escritor francês, Jean Paul Sartre, afirmou que a violência, seja qual a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota. Assim, o número de casos de violência contra as prostitutas tem persistido no decorrer dos séculos, sendo registrados o maior índice de agressão psicologia com 61%, de acordo com os dados da Associação das Profissionais do sexo do município de Picos - PI. Desso modo é indubitável ressaltar que, quando o sistema  marginaliza determinados grupos e não os protege, está assim, faltando com suas obrigações. Assim como afirma a filosófa brasileira, Marilena Chuaí, que a democracia deve ser um sistema com direitos igualitários  para todos.     Acresce -se a isso, a fragilidade em que tais profissionais são expostas diariamente. Com isso, fica evidente que a agressão sexual contra as prostitutas também é uma problemática eminente no seio da nação - assim como a cultura do estrupo- e que na maioria das vezes tal prática contra as mulheres do sexo, não são consideradas como violência sexual. Mas também, a desigualdade social, leva muitas mulheres à vida da prostituição, assim como a brasileira Andressa Urach, relatou em seu livro Morri para viver, que sua condição financeira à obrigou à entrar para a vida da prostituição. Logo, assim como Simone de Beauvoir afirma que ninguém nasce mulher, torna-se, é evidente que ninguém nasce prostituta, torna-se.    Torna-se evidente, portanto, que existe grandes contingências em torno da prostituição, tornando-se uma problemática social. O filósofo, Aristóteles, no livro Ética a Nicômaco, afirmou que a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, logo se verifica que esse conceito encontra depurtado no Brasil à medida que as profissionais do sexo, não são protegidas pela constituição, sendo assim marginalizadas pelo próprio sistema. Assim, é necessário que tal profissão seja reconhecida como tal pelo ministério do trabalho, já que serve como recurso de sustento para muitas famílias. Sendo necessário, que o MTE, garanta seus direitos como cidadãos que trabalham diariamente, protegendo-as contra qualquer agressão. É inquestionável afirmar, que a melhor forma seria legalizar a prostituição, para assim garantir os diritos das profissionais do sexo, já que seria impossível dar fim a tal prática.