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Enviada em: 12/10/2018

A prostituição está presente no Brasil desde o período colonial, onde as escravas eram utilizadas como objeto de prazer. De maneira análoga, essa realidade acompanha a sociedade moderna. Revelando a grande desigualdade entre a população e acarretando graves prejuízos para a sociedade, como a banalização da mulher. Medidas precisam ser tomadas para a resolução desse problema.   Uma das consequências dessa desigualdade é a marginalização de boa parte da sociedade, que em busca de uma melhoria de vida ou até mesmo para sobreviver se coloca em situações degradantes e de risco, como a prostituição. Tal realidade é retratada na música "Dança dos desempregados" de Gabriel O Pensador, onde a mulher depois de tentar de tudo não vê outra alternativa para sobreviver e começa a vender seu próprio corpo. Indo contra um pensamento comum de que as prostitutas o são por prazer ou promiscuidade, sendo esse o motivo de serem muitas vezes colocadas às margens do resto da população.   Concomitantemente ao isolamento dessa parcela populacional é evidente a objetificação do corpo, principalmente o feminino. A indústria do sexo, tanto legal quanto ilegal, promove uma visão errônea da sexualidade e das vontades da mulher, que passam a ser colocados em segundo plano já que esta passa a ser apenas um objeto ou mercadoria. Essa perspectiva gera um aumento na violência contra a mulher, que deixa de ser vista como um ser humano. Uma pesquisa realizada em Picos-PI revela que 41% das prostitutas daquela região já sofreram algum tipo de agressão.   Além do exposto anteriormente é possível verificar que a venda de favores sexuais não está presente apenas na fase adulta, mas uma boa parte das vítimas dessa prática é constituída por menores de idade. Segundo a UNICEF, 250 mil crianças são prostituídas no Brasil. Tal realidade afeta o desenvolvimento do cidadão que cresce com violência e perde o direito de aproveitar a infância.   Diante dessa problemática, fica evidente a necessidade de uma união entre o governo e o ministério da educação para sua resolução. O MEC juntamente com as escolas privadas e públicas devem promover aulas e palestras tanto para os responsáveis como para os alunos que visem a valorização do corpo e os riscos de práticas sexuais como trabalho. Conscientizando a população desde os primeiros anos de vida. Tendo em vista que o principal motivo da prostituição é a necessidade financeira o governo federal, juntamente com o Ministério do Desenvolvimento social devem investir em programas de ajuda para a população marginalizada e em necessidade, como o Bolsa Família. Assim como o investimento em programas que fiscalizem e resgatem as pessoas que vivem da prostituição, dando a elas tratamento psicológico e financeiro para a devida reinserção social.