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Enviada em: 11/10/2018

Durante a 2ª Guerra Mundial, o autor austríaco Stefan Zweig migrou para o Brasil devido à perseguição nazista na Europa. Bem acolhido e deslumbrado com o potencial do novo lar, Zweig escreveu um livro cujo título é até hoje debatido: ''Brasil, o país do futuro''. Contudo, no mundo pós-moderno, quando se observa a vulgarização da prostituição no Brasil e a falta de medidas para combater tal prática, percebe-se que essa profecia não saiu do papel.   De acordo com o sociólogo alemão Dahrendorf, anomia é uma condição social em que as normas reguladoras do comportamento das pessoas perderam sua validade. Depreende-se, portanto, que a legislação brasileira acerca da prostituição se tornou um exemplo axiomático dessa anomia, uma vez que além de não garantir a segurança dos indivíduos que se prostituem, não proíbe/repudia tal prática. Logo, esse impasse legislativo banaliza a prostituição no Brasil, prejudicando não só quem realiza, como também a imagem da mulher, principalmente, na sociedade.   Outra questão relevante, nessa temática, são dados da Fundação Mineira de Educação e Cultura que explicitam o baixo nível de escolaridade de prostitutos/prostitutas. Por conseguinte, é indubitável que crianças e jovens de locais mais pobres largam a escola cedo e vão se prostituir a fim de  ganhar dinheiro, possivelmente para ajudar os pais. Assim, uma intervenção do Estado nas áreas mais carentes do país é imprescindível para transpor as causas da prostituição no Brasil.    Nesse sentido, urge que o Poder Legislativo, por meio de deputados e senadores, elabore projetos de leis que coíbam a prostituição e apliquem punições severas em casos que envolvam menores. De resto, o próprio Senado Federal pode difundir propagandas informacionais com o fito de que a própria sociedade condene a exploração sexual. Dessa maneira, espera-se não só coibir o número de casos de prostituição, mas também progredir em direção ao país tão almejado por Zweig.