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Enviada em: 13/10/2018

Torna-se, mais uma vez, evidente e necessária a luta dos brasileiros em busca do positivismo do sociólogo Auguste Comte em prol da ordem e do progresso, pois surgem outros desafios no século XXI, como a questão da prostituição. Esse problema esbarra em dois entraves a serem superados: a grande desigualdade social, bem como as precárias políticas direcionadas ao combate à prostituição no país.     É inegável que a tese Hegeliana, de que a humanidade caminha rumo a um autoconhecimento e a um autodesenvolvimento cada vez maiores, concretizou-se em diversos aspectos, porém, no que tange à desigualdade social, essa afirmação ainda precisa ser efetivada. Devido à persistência da concentração de renda no Brasil, grande parte da população tem se tornado marginalizada, visto que as oportunidades de um emprego digno são escassas, o que corrobora a abertura do caminho da prostituição para muitos cidadãos. Logo, o que se percebe é um cenário de exclusão social associado à negligência governamental em proporcionar melhorias na distribuição de renda, assim como gerar trabalhos que valorizem a dignidade humana.     Outrossim, as precárias políticas públicas destinadas ao combate à prostituição são fatores que confirmam o elevado número de mulheres que se submetem a esse trabalho. Diante desse problema e tendo em vista que 70% das prostitutas não têm uma profissionalização, torna-se indispensável a implementação de políticas que possam estimular a inclusão social dessa classe, uma vez que a Constituição brasileira prega a igualdade entre os indivíduos e, acima de tudo, a garantia do bem-estar social. Desse modo, a disseminação da educação encontra-se entre os principais meios capazes reverter esse aumento da prostituição, pois como afirmou Paulo Freire, se a educação não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda, o que evidencia o poder transformador da educação.     Sendo assim, para que o Brasil possa vencer esse obstáculo e atenuar a prostituição, é preciso que o Governo Federal, por ser a instituição promotora do bem-estar social, promova o aumento de empregos para a população. Isso pode ser feito por meio da diminuição de impostos para empresas que contratem um certo número de funcionários, visando diminuir o número de desempregados. Por fim, cabe ao Ministério da Educação estimular um maior engajamento de jovens e de adolescentes nas escolas, recorrendo ao oferecimento de cursos profissionalizantes, afim de oferecê-los uma profissão digna no futuro. Tais ações são imprescindíveis para dar continuidade à luta dos brasileiros em busca da ordem e do progresso.