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Enviada em: 13/10/2018

No livro O Cortiço, Aluísio Azevedo retrata, por meio de seus versos, a existência da teoria determinista, em que o homem é influenciado pelo meio. Nesse viés, a questão da prostituição entra em vigor, uma vez que muitos homens e mulheres se veem obrigados a vende o próprio corpo, seja por condições socioeconômicas seja pela esteriotipação da sociedade regida pela visão patriarcal.      Em primeira análise, é notório destacar que vive-se, hodiernamente, um estado de disfuncionalidade em relação aos direitos do cidadãos, dado que suas condições o tornam suscetíveis a viverem em meios marginalizados devido à displicência do Poder Público. Desse modo, contribui para o desequilíbrio do Corpo Biológico proposto por Émille Durkeim, associado ao corpo social. Diante disso, em relação à estrutura, se encontra de forma precária, de modo que as situações financeiras dessa classe a submetem a se prostituirem, muitas vezes em busca de uma vida mais digna. Nessa perspectiva, alicerçando-se ao Papa Francisco, a existência de extrema pobreza e estruturas econômicas injustas originam grandes desigualdades, logo, tais fatores potencializam a ocorrência do meretrício entre jovens e adultos, e até mesmo crianças.       Seguindo essa linha de raciocínio, no que tange à sociedade civil, nota-se a existência de padrões que preconizam a aparição de esterótipos, paradigmas tidos como certos. Nesse sentido, pessoas que utilizam a prostituição como profissão são descriminadas ante à sociedade por serem consideradas "pessoas da vida", por conseguinte, explica-se pela Teoria do Estigma Social, o uso de arquétipos para justificar a repulsa por determinadas classes. Sob essa conjectura, segundo Jurguen Habermas, a sociedade depende das suas próprios tradições, pois, diante disso a herança patriarcal em que o Brasil reside é dotada de preconceito acerca da sexualização, principalmente da mulher, assim, com a existência da desvalorização do sexo feminino.       Destarte, é notório que raízes históricas potencializam atitudes intolerantes acerca da libertinagem brasileira. Posto isso, urge que o Poder Público atue de maneira profilática e vise, mediante incentivos públicos-privados, ofertar melhores condições de vida à classe marginalizada, ademais, criar ouvidorias que assegure a esses cidadãos seus direitos garantidos por leis, com o intuito de mitigar a prostituição obrigatória entre jovens e o preconceito em torno dessa vida. Outrossim, faz-se mister que a escola, aliada à família, dissemine conhecimento a respeito do tema, por intermédio de atividades lúdicas e mesas redondas, e ofereça novas opções de vida ao jovem ante a vida adulta, com o fito de influenciá-los positivamente para uma vida dotada de conhecimentos e boas oportunidades. Sendo assim, a teoria determinista de Aluísio Azevedo não influenciará mais a vida da classe marginalizada.