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Enviada em: 14/10/2018

Sabe-se, pelo estudo dos ensinamentos do filósofo grego Platão, que o bem-estar humano deve ser visto como algo que precede a própria existência. Nesse sentido, pode-se alegar a presença de uma problemática nas questões relacionadas à prostituição no Brasil. Isso porque, muitas vezes, os adeptos a essa prática, que, em sua maioria, aderiram a ela em razão da baixa renda, têm vários âmbitos da sua saúde afetados, fato que denota a necessidade de intervenção.        Inicialmente, é válido observar que, Segundo a Fundação Mineira de Educação e Cultura, 59% das mulheres que se prostituem estão desempregadas. A partir disso, é inegável que a falta de dinheiro para suprir questões básicas, como a alimentação, é uma das principais causas para a entrada nesse mercado. Assim, é possível afirmar que muitas das pessoas que tiram sua renda de tal forma não fariam isso se tivessem algum outro trabalho que provesse condições dignas, fato que evidencia a necessidade de atuar nessa conjuntura. Como consequência dessa falta de oportunidades, concretiza-se uma realidade em que inúmeros indivíduos, recorrentemente, passam por malefícios em questões psicológicas e nas relações em sociedade.         Nessa perspectiva, é relevante entender que, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) alega, a saúde tem os confortos psicológico e social como duas de suas principais bases. A prostituição, entretanto, vai de encontro a esse fundamento, uma vez que proporciona, por meio dos insultos advindos dos clientes, por exemplo, e do preconceito público contra seus adeptos,  a quebra do conceito defendido pela OMS em seus dois âmbitos. Desse modo, como é confirmado por dados da Universidade Estadual Paulista, por intermédio de estatísticas que demonstram que mais de 60% das mulheres ligadas a esse ramo sexual de trabalho já sofreram algum prejuízo ao bem-estar mental,  inúmeras pessoas têm suas vidas demasiadamente afetadas.       Diante desse indevido panorama, é fundamental que Organizações Não Governamentais, por meio de um projeto que identifique as pessoas que têm vontade de sair do mundo da prostituição, visite esses indivíduos, de modo a indicar e incentivar a eles cursos profissionalizantes oferecidos pelo Governo. Paralelamente a isso, os prefeitos das cidades, principalmente daquelas mais atingidas pela problemática, têm a tarefa de, por meio do oferecimento de incentivos ficais, fechar acordo com as empresas que contratarem tais sujeitos. Isso deve ser empregado a fim de oferecer, aos indivíduos  contra a própria vontade ligados à prostituição, oportunidades palpáveis para mudar de vida. Destarte, se efetivadas essas condutas, poder-se-á conceder mais validade às lições platônicas no Brasil.