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Enviada em: 15/10/2018

Embora não seja criminalizada, no Brasil, a prática da prostituição é responsável por milhares de casos como abuso e exploração de menores, disseminação de doenças sexualmente transmissíveis e aumento de abortos realizados no país. Ainda que, de forma inquestionável, o ramo gere problemas inquietantes, este, continua sendo sustentado como alternativa de emprego, seja por possibilitar maior poder de compra ou para suprir a carência econômica familiar.       Referente ao poder de compra, vive-se em um momento de grande desigualdade social e econômica, marcado pela extensa concentração de renda na mão de poucos. Dessa forma, apenas uma pequena parcela da população tem acesso à bens materiais específicos e de maior valor. Nesse cenário, objetivando-se maior possibilidade de consumo, homens e mulheres dispõem-se à venderem seus corpos, devido à maior facilidade na aquisição de dinheiro.       Por outro lado, no Brasil, ainda há muitas famílias que encontram-se abaixo da linha da pobreza, em extrema miséria, fazendo com que adultos e crianças prostituam-se para complementar a renda de casa ou, até mesmo, arcar com as necessidades básicas. Fato que pode ser explicado pela atual baixa disponibilidade de emprego que afeta, principalmente, quem apresenta menores níveis de escolaridade. Segundo pesquisas da FUMEC, Fundação Mineira de Educação e Cultura, apenas 45,6% de adeptos da pratica possuem primeiro grau concluído e, destes, menos de 25% completaram o ensino médio.       Face a essa problemática e tomando como base a ideia de Immanuel Kant, segundo a qual o homem é o que a educação faz dele, fica evidente a necessidade de criarem-se políticas públicas, através do Ministério da Educação, para facilitar o ingresso e permanência da população mais carente em escolas e cursos técnicos, aumentando, dessa forma, a capacitação desses para o mercado de trabalho, fazendo, dessa forma, com que a prostituição não seja tida como opção para geração de renda.