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Enviada em: 15/10/2018

Desde o Iluminismo, entende-se que uma sociedade só progride quando um se mobiliza com o problema do outro.No entanto, quando se observa a questão da prostituição, no Brasil, hodiernamente, verifica-se que esse ideal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país, seja pela discriminação da sociedade para com indivíduos inseridos na prática de prostituição, seja pela ineficiência do Estado no que diz respeito à geração de empregos que atinja todas as classes sociais.Nesse sentido, convém analisarmos as principais consequências de tal postura negligente para a sociedade.     É indubitável que a questão constitucional esteja entre as causas do problema.Segundo o filósofo Aristóteles, a política deve ser usada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade.De maneira análoga, é possível perceber que, no Brasil a violência contra prostitutos e prostitutas rompe com essa harmonia, haja vista que alguns dados divulgados pela Unesp apontam que muitas mulheres e homens estão mais suscetíveis a sofrerem com agressões físicas, psicológicas e sexuais apenas por trabalharem com sexo.    Outrossim, destaca-se o fato da falta de vagas no mercado de trabalho como impulsionador do problema.De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar, dotada de exterioridade, generalidade e coercitividade.Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que a procura demasiada de serviços impróprios como a prostituição, deve-se ao fato da falta de opção e de negligência do Estado para com a população.       É evidente, portanto, que ainda há entraves para garantir a solidificação de politicas que visem à construção de um mundo melhor.Destarte, o Estado junto ao Ministério do Trabalho devem investir e resgatarem a flexibilização do mercado de trabalho para que mais empregos seguros sejam criados e mais pessoas tenham suas vidas estabilizadas.Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas, e essas mudam o mundo.Logo, o Ministério da Educação(MEC) deve instituir nas escolas palestras que abordem temas como segurança e boas relações com o próximo, a fim de que o tecido social se desprenda de certos tabus para que não viva a realidade das sombras, como na alegoria da caverna de Platão.