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Enviada em: 15/10/2018

Prostituir-se é, geralmente, consentir com a permuta de favores sexuais na qual os sentimentos e afetos não são validados, porém, ainda pode se estender em troca de favorecimento profissional ou por bens materiais, etc.Além disso, a prática não é proibida no Brasil, mas uma vez que se há a exploração sexual ou a cafetinagem é considerada crime. No entanto, a  origem da prostituição é secular e sua entrada é motivada por várias razões.       Primeiramente, nas civilizações mais antigas, no Oriente médio surgiram as prostitutas sagradas relacionadas a elevação espiritual, assim como na Grécia.Já na idade Média, os casamentos arranjados com finalidade políticas ou econômicas floresciam o favorecimento da atividade. No século XVI, houve uma epidemia de doenças sexualmente transmissíveis e que somado com o puritanismo da religião, houve tentativas para anular a atividade, mas que voltou com força com a industrialização. A partir do século XX até hoje, em alguns países foi descriminalizada ou então condena quem alicia prostitutas, como é o caso do Brasil.Portanto, é um mercado fomentado e ainda pode-se afirmar que possui raizes patriarcais, uma vez que homens casados ou não (uma vez que a maioria das prostituições são realizadas por mulheres), vêem-se nas prostitutas a oportunidade de fazer algo que não encontra normalmente e usá-las como um objeto de dominação para satisfazer todas as suas exigências sexuais.       Nesse sentido, para Michel Foucalt a prostituição é análoga ao uso de drogas, uma vez que ambos são fontes de prazer e possível nunca deixarão de existir,  já que ocupam lugar no psiquismo. E se for um produto em escassez,devido a dificuldade manter relações estáveis existirá pessoas que o comprarão. Também, pode-se dizer que enquanto a mulher estiver uma posição economicamente inferior, e esta tiver baixa escolaridade,consequente falta de oportunidade de trabalho e uma necessidade de sustentar uma família, ela pode sim se expor à prostituição.Como é o caso das prostitutas do parque histórico Jardim da Luz de São Paulo, e mais especificamente, de uma jovem de 38 anos que conta à BBC News Brasil, que foi levada por sua mãe à prostituição, quando tinha 17 anos, e uma filha de colo, uma vez que não tinham quase nada para comer e esta, permanece nessa vida já 21 anos, bem como a mãe dela que hoje tem 62 anos.        Em suma, é preciso de ações emergenciais que cuidem da vida de pessoas que precisam se prostituírem para sobreviverem. Para isso, é necessário que o Estado junto com o Ministério da educação promova vagas em cursos profissionalizantes a fim de que estas pessoas possam se inserir no mercado de trabalho de maneira digna e possam promover subsistência à sua família.