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Enviada em: 16/10/2018

A prostituição é uma profissão não amparada por direitos trabalhistas e suscetíveis a diversos riscos. Contudo, esses riscos e desamparos não impedem o crescimento elevado de pessoas no ramo, em vista que rende um dinheiro rápido. No entanto, mesmo que a prostituição seja em tese um favor sexual consentido em troca de dinheiro, até que ponto essas pessoas entram nesse contexto por vocação?            A violência doméstica e o abuso sexual prevalecem em muitos lares brasileiros. Segundo dados do Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas (IPEA), 70% dos estupros ocorrem por parentes ou conhecidos da família. Haja vista a impunidade e a falta de perspectiva de um ambiente familiar acolhedor, crianças e adolescente acabam optando por morar nas ruas do que subsistir naquela situação. Devido a exoneração familiar, essas pessoas se submetem a prostituição e outras a criminalidade, porém, ambas tem o mesmo objetivo: Sobrevivência.          Ademais, o estudo no Brasil é elitizado. Os segregados das elites vão a busca de emprego - e sem qualificação. Outrossim, chefes de famílias necessitam sustentar seus familiares, e a remuneração oferecida para indivíduos não qualificados pode não ser suficiente para sustentar sua família. Dessa forma, muitos se submetem a prostituição para complementar a renda e poder dar perspectiva de um futuro diferente para a família. Além disso, as chefas de família podem engravidar de seus clientes e optar pelo aborto. Este, proibido no Brasil, é feito em clínicas clandestinas, e segundo o Conselho Federal de Enfermagem (COFEN), a cada dois dias morre uma mulher pelo parto inseguro.            Em suma, nota-se que a prostituição não é  - de modo geral - uma vocação. A exoneração familiar e a busca por melhores condições de vida são alguns dos vastos motivos que fazem o indivíduo entrar para esse contexto. Para que a problemática cesse, torna-se necessário que o ministério da educação em conjunto com o ministério do trabalho se unam em prol de um projeto que vise qualificar essas pessoas e concomitantemente disponibilizar um trabalho digno a elas. O conhecimento é uma forma eficaz de possibilitar a melhora nas condições de vida, e trabalhar numa profissão em que o indivíduo não seja vítima de preconceitos e de agressão física e moral não deveria ser privilégio para alguns. Na verdade, isso é o básico para qualquer ser humano.