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Enviada em: 16/10/2018

De acordo com Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações políticas, econômicas e sociais define a “modernidade líquida” vivenciada desde o século XX. Analisando o pensamento do sociólogo polonês, verifica-se que essa realidade se faz onipresente na sociedade brasileira e perpetua-se com as questões relacionadas à prostituição. Nessa perspectiva, cabe analisar dois pontos que não podem ser negligenciados, como as dificuldades impostas pela conjuntura governamental do país, garantindo assistência a esse grupo que vivencia a banalização, frente à sociedade e os impactos atingíveis sua realidade.        Em primeira análise, é valido ressaltar como a política é um ponto nevrálgico para garantir os direitos de uma comunidade. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política é fundamental para garantir a integridade e o desenvolvimento de qualquer sociedade. De forma contrária, percebe-se que o país encontra uma série de objeções que complicam a efetivação de projetos públicos que assegura assistência médica, psicológica, educacional.  Além disso, o incentivo dado aos grupos de prostituição ,para concluir o ensino escolar, superior ou inserir-se no mercado de trabalho é muito minimizado devido  à falta de gerenciamento eficiente no país.       Ademais, convém frisar como a prostituição provoca perturbações pertinentes na vida das pessoas que lhe vivenciam. Com o já defendia o psicanalista Sigmund Freud, o medo de mudar é inerente ao homem, logo se torna algo cruel e sistêmico, mas a vontade de viver bem se sobrepõe e se torna a maior motivação para se modificar a realidade. Diante disso, compreende-se que a vulnerabilidade enfrentada, principalmente por mulheres, em frente ao assédio sexual, discriminação social, as doenças sexualmente transmissíveis, casos de gravidez indesejada ou de aborto, entre outras práticas que ferem os direitos humanos.         É evidente, portanto, que há muitos entraves para garantir a solidificação de políticas que visem um mundo melhor. Desse modo, é necessário que o Estado crie bolsa de estudos e cursos públicos,  com o apoio das redes de ensino e do mercado de trabalho brasileiro, para incluir pessoas vulneráveis à prostituição, para se inserirem nas escolas, universidades ou tiver uma qualificação profissional. Além disso, o Ministério da Educação (MEC) pode instituir nas cidades, campanhas de incentivo à participação dos jovens e adultos em instituições de desenvolvimento pessoal e profissional. Afinal, assim como foi construído pelo artista Pablo Picasso, no movimento cubista, ao difundir a capacidade de interpretação das diferentes perspectivas da sociedade e propor soluções para ela, torna-se possível qualquer construção social.