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Enviada em: 19/10/2018

O Brasil é um país que possui má distribuição de renda. O investimento em educação, há muito tempo, está em segundo plano pelas autoridades públicas. Nesse viés, muitas famílias carentes são vulneráveis, pois com pouca escolaridade, a inserção no mercado de trabalho se torna uma realidade distante e como resultado disso, é a vida precária que levam. Assim, a prostituição se torna uma alternativa para conseguirem uma renda familiar, muitas das vezes.       Em primeiro lugar, é preciso explicar que a prostituição em si não é regularizada no país, mas também não é considerada crime para aquele que a exerce. No entanto, o rufião - aquele que agencia mulheres ou homens para este tipo de trabalho -, atua ilegalmente. A prática de "cafetão" está tipificada no Código Penal Brasileiro, portanto, uma prática criminosa.           Um dos maiores problemas enfrentados no Estado brasileiro é a desigualdade social. O Governo Federal em conjunto com Estados e Municípios pouco se esforçam para investir em educação e cursos profissionalizantes para crianças e adolescentes. Estes tipos de cursos incentivam os jovens que estão terminando a educação básica a buscar meios para se subsidiarem desde cedo, porque já saem aptos a exercerem uma atividade remunerada. Mas infelizmente, a realidade que nos deparamos é bem diferente. Muitos, que vivem na miséria e com pouca renda, optam pela prostituição que acaba sendo fonte de renda. Segundo uma notícia veiculada ao Brasil, pela revista Le Monde Diplomatique, 1 em cada 3 prostitutas afirmam usar esse tipo de " trabalho" como forma de sustentar a família, considerando ainda que, em sua maioria, possuem baixo grau de escolaridade.       Torna-se claro, portanto, que uma das alternativas para se adquirir a própria independência financeira, é a educação. Esta, por sua vez, molda o indivíduo de forma a torná-lo capaz de se autodeterminar e a agir sem a necessidade de depender diretamente do Estado ou se livrando de qualquer tipo de exploração. Seja de cunho político, econômico, familiar ou até mesmo sexual.            Nesse viés, por sua vez, é imprescindível a participação do Estado em conjunto com o Ministério do trabalho e da educação, investir em recursos básicos como na educação e cursos profissionalizantes. Além disso, adotar meios midiáticos com propagandas e campanhas de conscientização contra a exploração sexual. Talvez assim possa-se ter uma sociedade mais justa e igualitária.