Materiais:
Enviada em: 10/08/2018

Devido a expansão marítima europeia e a necessidade de mão de obra, os portugueses começaram a comercializar escravos africanos no século XV e, posteriormente, a escravizá-los. Assim, aliada ao eurocentrismo - influência exercida pela Europa -, a escravidão propiciou a superioridade das raças, originando percepções sociais de preconceito e de discriminação dos povos, que é chamado de racismo. Nesse contexto, faz-se necessário discorrer sobre as causas e maneiras de reverter essa problemática no Brasil.       Em primeiro plano, é primordial debater sobre a herança preconceituosa em que a sociedade está inserida. De acordo com Durkheim, o fato social é uma maneira coletiva de agir e de pensar dotada de generalidade, exterioridade e coercitividade. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que desde o período colonial, com o processo de exploração trabalhista, decorrido do tráfico de negros da África, o processo de inferiorização dos negros e a maneira como eram tratados se tornaram convenções e padrões impostos que independem do indivíduo. Dessa forma, o racismo se naturalizou na sociedade e as divisões raciais continuaram devido a imposição das raças, iniciada no século XV.       Outro fator que colabora para o encadeamento do racismo é a ausência de projetos de inclusão dos negros à sociedade. Com a abolição da escravatura, em 1888, não houve programas de inclusão e assistências às classes inferiorizadas, que continuaram a mercê do corpo social. Desse modo, continuaram sendo vítimas do racismo e sendo desvalorizados socialmente, sem acesso à educação, saúde e moradia. Como ação afirmativa, a fim de reparar os danos do passado histórico, o governo criou o sistema de cotas com o propósito de minimizar as desigualdades entre os membros da sociedade, entretanto, essa medida não ajudou na diminuição do racismo no Brasil.      Levando-se em consideração os aspectos expostos, são necessárias medidas para reverter essa situação. A mídia, aliada às instituições escolares, deve trabalhar na disseminação de campanhas educativas e de cunho social, por meio de uma alteração na Lei de Diretrizes e Bases Curriculares Nacionais, a fim de acabar com o pensamento racista dos século XXI. Além disso, o governo deve melhorar os projetos de ações afirmativas por meio do aumento do número de cotas de acordo com o percentual de negros em cada região, para inclusão e isomeria dos mesmos. Ademais, o Ministério da educação deve oferecer formação básica aos negros para ingressar no mercado de trabalho por meio de acesso a cursos profissionalizantes, a fim de incluírem as classes inferiorizadas no mercado de trabalho. Dessa forma, será possível reverter o quadro de racismo iniciado há seis séculos atrás.