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Enviada em: 26/04/2017

Em um dos clássicos da literatura norte-americana, "O homem Invisível" de Ralph Ellison, retrata a história de um jovem negro totalmente marginalizado do meio social, sendo considerado como um ser inexistente para sociedade. Cansado da dura realidade o adolescente busca encontrar formas para acabar com esse tipo de preconceito. Fora dos livros, esse drama é vivenciado no Brasil, visto que inúmeros indivíduos são oprimidos  e desrespeitados, devido as suas características físicas.          Ainda que haja a Constituição Brasileira, responsável por garantir os direitos de todos os cidadãos, é notório que esses não são cumpridos. Isso se evidencia, não só nos diversos casos de preconceito mas também na violência por discriminação racial. Nesse contexto, a impunidade se faz presente, e conflito entre as diferenças ainda persiste, contrariando os parâmetros do Artigo 3, no qual é estabelecido que todos atos de intolerância à etnia, cor ou raça é considerado crime penal, e o infrator deve ser recluso. Sendo assim, enquanto houver falhas nos cumprimentos das leis, a organização social e harmonia da sociedade continuarão comprometidos.          Outrossim, ideias etnocêntricas originadas do período colonial intensificam à problemática. Desde o processo de colonização, predominou-se  a concepção de superioridade dos portugueses sobre os negros, sendo esses submetidos a trabalhos pesados, pelo fato de serem incapazes de contribuir socialmente para o avanço da sociedade. Tais perspectivas permaneceram, gerando consequentemente um mundo marcado de desigualdades, haja vista que, se por um lado brancos são exaltados e  privilegiados,  por outro negros são segregados, sofrendo constantemente com as injustiças de um passado escravista .             Fica claro, portanto, a necessidade de reverter a dura realidade do racismo. Para isso, é preciso que o Ministério da Justiça, promova amplamente maior fiscalização no que se refere ao efetividade das leis, criando uma ouvidoria online capaz de filtrar casos, analisar e posteriormente julga-los. Em consonância, o Ministério da Educação deve aplicar campanhas de abrangência nacional junto às emissoras abertas de televisão como forma de estimulo à denúncia. Ademais, é conveniente que as escolas implantem nos planejamos de aulas, temas para debates e discussões a fim de erradicar todas as formas de preconceito, formando indivíduos conscientes que respeitam as diferenças. Quem sabe assim, o ser que antes era considerado "invisível", se torne uma cidadão que usufrua de tudo aquilo que tem direito.