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Enviada em: 10/02/2018

A lei 10.639\03 estabelece a obrigatoriedade do ensino de história geral da África e da cultura afro-brasileira com o objetivo de corroborar o combate ao  racismo e divulgar legados de povos afrodescendentes, pois a escola é um espaço de formação dos futuros cidadãos, conforme o artigo 2 da LDB no que diz respeito ao exercício da cidadania. No entanto, as instituições dão ênfase a essa temática, muitas vezes, apenas no dia 20 de novembro quando é celebrado o dia da consciência negra.   Um dos fatores que dificulta o combate ao racismo é a falta de um trabalho articulado com todas as disciplinas, pois o que se ver geralmente , nas escolas, são as disciplinas de humanas cumprindo a lei 10.639\03. Infelizmente na educação prevalece o sistema de ensino cartesiano, fragmentado e sem nenhuma relação com outros campos dos saberes.  Os povos africanos tiveram grandes contribuições em vários ramos da ciência mas como foram escravizados, sua cultura era desmerecida pelo explorador.      Outro motivo que dificulta o trabalho contra  o racismo é a falta de um trabalho ao longo do ano nas escolas. O currículo precisa ser mais multiculturalista  e menos eurocêntrico. Além disso falta  formação continuada para professores acerca de um currículo que valorize todos os povos com um currículo baseado na etnociência afim de estudar, valorizar o repertório de conhecimento, saberes e práticas do povo africano pois o erro já começa nos cursos de licenciaturas que valoriza muito o ensino cartesiano, principalmente nas área de ciências da natureza e matemática.    Por tanto faz- se necessário a escola se libertar de um currículo tecnicista, tradicional e liberal, pois a escola precisa ser um vetor para visar a transformação da sociedade com o objetivo de todos terem os mesmos direitos e serem vistos iguais, conforme a constituição federal  artigo 3º inciso IV "  promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação".