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Enviada em: 22/02/2018

A mentalidade eurocentrista, praticada a partir do período das "Grandes Navegações", contribuiu para a difusão mundial de pensamentos racistas, como a superioridade portuguesa em relação aos indígenas, na América. Assim, no Brasil contemporâneo, o racismo é realizado comumente, contribuindo para a intensa disseminação de discursos de ódio que reprimem as qualidades de todas as etnias. Certamente, a prática do racismo é um "mal social" causado pelo ignorância da população em relação ao assunto e da educação social ineficiente oferecida por determinados grupos familiares e escolas. São necessárias mudanças visíveis para a reversão desse quadro.          Indubitavelmente, parte da população brasileira ignora a prática do racismo como um mal que deve ser combatido, negligenciando ações que auxiliariam na superação desse preconceito. Por exemplo, a omissão de denúncias caso um indivíduo presencie violências racistas verbais ou físicas contribui para o agravamento dessa situação no Brasil. Além disso, a utilização de expressões e pensamentos racistas que estão intrínsecas à cultura brasileira, como "todo índio é preguiçoso" e "negros são inferiores" também colabora para a persistência dessa prática no Brasil. Segundo o literato inglês Aldous Huxlay, "os fatos não deixam de existir só por serem ignorados", ou seja, o racismo tende a avançar e, certamente, agravar-se em função da manutenção dessas negligências.            Ademais, determinadas famílias e centros educacionais brasileiros colaboram para a perpetuação de comportamentos racistas, por meio da omissão de punições às atitudes preconceituosas de crianças e adolescentes, que influencia, negativamente, na sua formação social e cultural. Por exemplo, em determinadas famílias e escolas, o uso de adjetivos deploráveis, xingamentos, apelidos e agressões físicas aos negros, índios e orientais não é corrigido pelos pais e diretores, contribuindo para uma formação preconceituosa desses jovens. Segundo a cantora americana Lady Gaga, em sua canção "Born this way", não importa se é negro, pardo, albino ou oriental, todos devem ser exaltados e amados, ou seja, deve-se evitar todos os tipos de agressões atribuídas às diferenças raciais, sempre respeitá-los e considerá-los.         Dado o exposto, portanto, faz-se necessário que o MEC, em conjunto com ONGs, incentive a a realização de denúncias, o término da utilização de expressões racistas e o uso de punições e ensinamentos em âmbitos familiares e escolares. Isso pode ocorrer através de debates, palestras e documentários por meio das redes sociais, reuniões escolares e programas televisivos, enaltecendo a importância de denunciar os crimes racistas, de como tentar mudar esse "mal" por meio de punições pacíficas e ensinamentos respeitosos aos jovens, para que a cultura racista brasileira seja minimizada.