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Enviada em: 24/02/2018

A história brasileira é marcada pela escravidão do negro, escravidão esta que ao longo do tempo reforçou a cultura da segregação no país. Associada ao eurocentrismo que exerceu grande influência política, social, econômica e cultural, discriminando e excluindo o afrodescendente da participação  nestas áreas da sociedade brasileira.       Embora uma sociedade escravocrata e eurocentrista, grandes negros ou descendentes tiveram destaque no país do século XIX, como José do Patrocínio, André Rebouças e Joaquim Nabuco, que dentre outros lutaram pelo fim da escravidão e consequentemente pelo fim do racismo. Utilizaram-se da mídia jornalística para veicularem suas ideias. Nos dias de hoje movimentos e grupos sociais continuam a luta histórica.       Mas há que se considerar que em pleno século XXI a figura do negro ainda esteja fortemente associada ao trabalho, não como figura de sucesso profissional, mas sim de discriminação, de subemprego. A sociedade brasileira demonstra, explicita e reforça o racismo nos meios de comunicação, nos filmes e novelas. O negro continua no imaginário coletivo escravo de uma sociedade branca. É preciso acabar com o estereótipo do negro serviçal e sem representação social.       A superação da situação evidente de segregação e racismo está principalmente na escola como equipamento social de formação de opiniões. É preciso que o Ministério da Educação em conjunto com o Ministério da Cultura insira no currículo formal do ensino fundamental e médio o estudo da cultura Afro, a influência do negro na sociedade e na política do Brasil, a formação da etnia brasileira, a influência negra na culinária e costumes. Na formação universitária os Ministérios anteriormente citados precisam estimular a produção artística e cultural afrodescendentes e ainda a produção científica em torno da superação do racismo no Brasil, contribuindo assim não só para uma tomada de consciência, mas para que a sociedade civil e pública encontre saídas para tal Questão Social.