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Enviada em: 03/04/2018

O ser humano é social: necessita viver em comunidade e estabelecer relações interpessoais, contudo perante a perspectiva Aristotélica, política e naturalmente sociável, inúmeras de suas práticas antiéticas corroboram ao contrário. Por esse ângulo, no que tange ao racismo no hodierno brasileiro, é perceptível que essa situação está intrínseca no tecido social há séculos. Em suma, diante da gravidade dessa temática, urge a mobilização homogênea da conjuntura social e do Ministério Público para o confronto do entrave.   Convém ressaltar, a princípio, que o racismo está enraizado no solo nacional desde o limiar do tráfico negreiro. Nesse viés, consoante com o postulado Durkheimiano, o fato social reflete uma maneira de agir e raciocinar, provida de generalidade, coercitividade e exterioridade. Sob tal ótica, verifica-se que o preconceito com os afro-descendentes se enquadra à conjectura do sociólogo, tendo em vista que se uma criança convive em um âmbito onde os indivíduos manifestam esse proceder, é irrefutável que irá incorporá-lo por virtude da vivência em conjunto. A lógica inflexível, por conseguinte, é propagada através de gerações, amplificando consideravelmente a discriminação com esse público.   Outrossim, é pertinente enfatizar a magnitude do Poder Legislativo nesse contexto. Conforme promulgado na Constituição Federal, qualquer pessoa que prejudicar a integridade moral de outrem pela realização de racismo será julgado como infrator da norma pública. À vista dessa cláusula, identifica-se que ocorre diariamente um insulto com a lei, pois embora na teoria está em vigor em pleno estado brasileiro, é indubitável que na execução desse artigo não acontece de forma fiel e acaba denegrindo o direito do cidadão negro em procura de justiça. Em harmonia com a tese Aristotélica, destarte, o ato antiético é praticado até na Câmara Legislativa, tornando mais árdua a convivência interpessoal dos afro-descendentes na sociedade.    Infere-se, portanto, que o racismo no país é incessante. A fim de atenuar o empecilho, é indiscutível a relevância do papel familiar na construção da ética dos seus herdeiros, isso deve ocorrer mediante conversas que debatam à cerca do tema, com o escopo de fomentar a mentalidade deles e, além de alastrar o comportamento para o próximo, cooperem para a mitigação do preconceito com os negros em área de jurisdição brasileira, para que a nação progrida na sua relação entre pessoas. Em síntese, a razão inflexível por etnia poderá ser suplantada na pátria brasileira, assim esse fato social aludido por Émile Durkheim será gradativamente suprimido na sociedade.