Materiais:
Enviada em: 11/06/2017

No final do período imperial brasileiro, foi criada a lei do sexagenário, que torna livre de suas atividades escravos com idade acima dos 65 anos. Assim como em 1885, atualmente o sistema previdenciário brasileiro é motivo de revolta, pois a expectativa de vida da população varia não só pela região, mas também pela atividade econômica, o que evidencia a falta de planejamento por parte do governo no tocante a aposentadoria.   Brasileiros do semiárido têm expectativa de vida inferior em relação ao sul do país. Segundo dados do IBGE, a população do interior nordestino tem expectativa de vida média de 65 anos, em virtude de sua atividade econômica, alimentação e fatores ambientais, em contraste com o sul do país, que tem expectativa de vida média de 74 anos. Diante desse fator, surge diversas consequências que eleva ainda mais a revolta da população em relação ao modelo de previdência atual.   Dentre esses efeitos, o que parece se destacar mais é a falta de planejamento. Embora haja a necessidade de uma reforma na previdência, uma grande parte da população enfrenta sérias dificuldades em alcançar a tão sonhada aposentadoria, além do pouquíssimo tempo de descanso quando se é possível ter o benefício. Isso ocorre pelo fato de que a taxa de natalidade brasileira vem diminuindo com o decorrer dos anos, em 20 anos a média de filhos por mulheres caiu de 6,2 para 1,9 segundo dados do IBGE, com isso, o Brasil enfrenta grave crise para equilibrar a quantidade de dependentes em função da população economicamente ativa.    Torna-se evidente, portanto, que o problema em questão é fruto de uma grave falta de planejamento por parte do governo, que além de não aproveitar o bônus demográfico em que o país se encontra, faz com que todos tenham uma idade mínima para se aposentar sem levar em conta a expectativa de vida em diferentes regiões brasileiras. A mídia, grande difusora de opiniões, pode trabalhar em conjunto com o governo criando campanhas de opinião pública a fim de consultar a população sobre a atual problemática e criando debates em rede nacional. Por fim, o apoio de ONGs que defendam os direitos da população, de forma a pressionar o poder público quanto a avanços sobre o tema, para que em curto prazo o trabalhador do semiárido nordestino não seja injustiçado por passar uma vida de trabalho árduo sem direito a aposentadoria. Dessa forma, a equidade de direitos e deveres atenderão a todos deforma plena e justa, e que leis como a dos sexagenários fiquem apenas nas lembranças de um passado distante e sem rastro de semelhança com as leis atuais.