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Enviada em: 19/06/2017

Com o déficit de 152 bilhões de reais na previdência social,o governo tomou medidas drásticas no que tange a novos beneficiados. Por exemplo o aumento do tempo de contribuição minima que agora é de 49 anos. Com isso o Estado pretende até 2027 lucrar 678 bilhões para que a divida público seja recobrada. Mas, com tais mudanças surge questionamentos: essa nova quantidade de anos de trabalho deveria ser isonômica? partindo do pressuposto de que em diferentes regiões do Brasil a expectativa de vida diminui por inúmeros fatores e o fato de que o trabalho manual é bem mais desgastante que o intelectual; a resposta  deveria ser não.     No Brasil colônia,precisamente nos anos de 1800 houve mudanças históricas importantes como a aplicação da Lei dos Sexagenários, porém observando o contexto temporal era facilmente perceptível que com a baixa qualidade de vida e as condições ríspidas de trabalho a idade dos 60 anos para que o escravo tivesse direito a liberdade era poucas vezes alcançada. Trazendo a discussão pra o contexto atual,fica evidente, portanto, que com a aplicação das novas diretrizes de tempo para aposentadoria,algumas partes do território brasileiro acabam comprometidas. Exemplo das populações em que é predominante a atividade campesina, pois o trabalho braçal requer força e resistência, características essas diminuídas em cidadãos com idade mais avançada.   Problemas que podem surgir com a aplicação dessa novas leis é por exemplo a diminuição da contribuição por algumas pessoas,pois começando a trabalhar tarde não acham possível que consigam contribuir 49 anos. Militares ficaram isentos das novas diretrizes, o que é um problema, tendo em vista que dos 152 bilhões do déficit 30 bilhões é de responsabilidade do corpo militar, o que futuramente pode gerar discussões e uma posterior adequação as leis dos mesmos. Outra questão importante a ser debatida é a revisão das leis para mulheres, pois trabalham em media 15 horas a mais que os homens por semana.     Analisando a problemática atual, fica evidente, portanto que algumas medidas devem ser tomadas. Por exemplo a revisão da lei para Estados como o Nordeste que tem uma grande carga de trabalho braçal,revisão essa que diminuiria a carga desse tipo de trabalho em alguns anos, pois é cientificamente provado que é mais desgastante. No caso dos militares, o Governo devem inclui-los sim no processo previdenciário, pois assim como trabalhadores públicos e privados são responsáveis pelos problemas com o tesouro Nacional. A bancada do congresso nacional deve analisar o caso das mulheres,pois por trabalharem mais semanalmente (além dos trabalhos domésticos), seria de maior vantagem se a carga de trabalho fosse medida em horas e não em anos.