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Enviada em: 20/06/2017

Por se tratar de um assunto extremamente relevante e que gera impactos na vida de todos os cidadãos, a reforma no sistema previdenciário brasileiro tornou-se muito discutida nos dias atuais. Considerar a proposta da reforma como uma ação que resolverá os problemas sociais e econômicos do país significa desconhecer os próprios entraves sociais e a suas origens, assim como a dinâmica econômica e mercadológica.       Diante dos problemas econômicos presentes não só no Brasil, mas também no mundo, como desemprego, submoradia e o crescente número de pessoas entrando na linha da pobreza, tornou-se evidente a necessidade de que reformas sejam implantadas objetivando soluções para o cenário atual. Contudo, medidas de austeridade, como se pode considerar a reforma da previdência , não são alternativas cabíveis para lançar o país novamente ao topo dos índices de qualidade de vida, assim como para solucionar os problemas internos enfrentados diariamente pela população brasileira. Ao usar como argumento para a aprovação da proposta a crise no sistema previdenciário e a dívida externa, o Estado demonstra a incapacidade de garantir a seguridade e os direitos básicos dos cidadãos e favorece, a cada dia mais, as corrente neoliberais que circulam entre os representantes políticos.         Entre os principais pontos da reforma estão o aumento da idade mínima para a aposentadoria, a redução dos benefícios para pessoas encostadas por invalidez ou pensão por morte. Com isso, muitos cidadãos que dependem dos benefícios previdenciários para a manutenção da vida ficam vulneráveis às desigualdades sociais ou não ficarão vivos para terem o benefício da aposentadoria. Dessa forma, caso a reforma seja realmente implantada no Brasil, a taxa de mortalidade aumentará ao passar do tempo, assim como a superlotação do serviço de saúde pública e o número de indivíduos que dependerão de serviços filantrópicos de ONGs e abrigos.         Diante dos argumentos supracitados, decorrentes da reforma do sistema previdenciário brasileiro, com o objetivo de atenuar o problema, é necessário que o Estado garanta a seguridade. Para isso, são necessárias medidas que ampliem direitos e, sobretudo, solucionem o suposto déficit da previdência, como uma reforma tributária, que visa à proporcionalidade no pagamento de imposto de acordo com a renda. Somado a isso, é importante que a mídia informe a população, de forma clara e responsável, sobre os malefícios da reforma. Por fim, é indispensável que grupos ativistas e indivíduos contrários a reforma se unam, em movimentos sociais, a fim de reivindicar mudanças e lutar pelo direito à seguridade social.