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Enviada em: 18/06/2017

Desde 1990, quando o então INPS, se tornou o atual INSS, a Previdência Social não passou por uma grande reformulação. A reestruturação do sistema previdenciário brasileiro é necessária, pois atualmente há um déficit de cerca de 167 bilhões de reais anuais. Contudo, se por um lado ela se mostra indispensável para a promoção do equilíbrio das contas do governo; por outro empregados, sobretudo da iniciativa privada,  não veem com bons olhos essas mudanças da forma que estão sendo propostas.       O saldo negativo nas contas da União vinculada à Previdência social, tende a aumentar com a melhora na expectativa de vida da população. Isso reflete o quão é essencial uma atualização na concessão das aposentadorias, senão, o INSS estará fadado à falência daqui a alguns anos. A crise financeira que o país enfrenta, serviu para reforçar a ideia de que não se pode tirar recursos de outros lugares, igualmente importantes, para cobrir a insuficiência da previdência. Ela tem que ser autossustentável.       Outro aspecto a ser observado é que segundo a Constituição Brasileira, todo homem é igual. Mas na hora de se aposentar não é bem assim. Trabalhadores da iniciativa privada tem que contribuir por muito mais tempo que os do setor público, com o agravo de esses não estarem sujeitos ao teto previdenciário. Se é difícil para um militar ou professor exercer suas atividades até os 65 anos de idade, porque não será para um pedreiro, gari ou faxineira?       É necessário, portanto, que medidas sejam tomadas para resolver o problema. A base contrária ao Governo Federal na Câmara dos Deputados e no Senado, deve fazer uma oposição mais dura para conseguir uma reforma mais justa para todos. Visando principalmente, que todos se aposentem sob o teto previdenciário, o que já aliviaria as contas públicas. Em contrapartida, o país deve aprovar uma lei que viabiliza o bloqueio de contas de empresas, devedoras à Previdência, como é o caso de mineradoras, clubes de futebol e gigantes do agronegócio.