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Enviada em: 26/06/2017

Reforma Justa     Segundo Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, a reforma da previdência não é decisão, é necessidade. No entanto, propostas estabelecidas na PEC 287 são radicais e não agradam a população, pois, mesmo com a exigência de mudança, os trabalhadores perderão direitos assegurados pela constituição, caso seja aprovada no Congresso.     Nesse contexto, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) declara que o número de idosos aumentou rapidamente para 14,3% em 2015. À vista disso, a reforma é indispensável, porque o saldo previdenciário não será o suficiente para abranger todos os aposentados, posto que o nível de desemprego de pessoas ativas é alto e, dessa forma, não contribuem para a previdência.     Em contrapartida, os direitos laborais conquistados serão perdidos, pois os trabalhadores terão que exercer suas atividades por mais tempo até à aposentadoria. Diante disso, é notório o descaso do governo com todos os direitos adquiridos desde a criação das leis trabalhistas no governo de Getúlio Vargas, gerando greves e manifestações contra a PEC 287 em todo o país, enquanto o setor previdenciário continua a ruir.    Portanto, fica claro que a reforma é necessária, contudo, é severa e imperfeita. Por isso, deve-se elevar a quantidade de empregos aos indivíduos mais jovens com capacidade de trabalho, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), a fim de alavancar a contribuição à previdência social. Ademais, o Estado precisa elaborar consultas públicas acerca da reforma visando a participação do povo na elaboração da proposta -como designa o artigo 10 da constituição- com a finalidade de constituir um acordo entre as partes para, desta maneira sanar a necessidade da reforma com uma decisão justa.