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Enviada em: 18/06/2017

As crises que envolvem o fator previdenciário no Brasil são de longa data. O governo anunciou, entre ajustes e medidas provisórias, a insustentabilidade desse sistema e sinalizou para necessidade das reformas do sistema previdenciário brasileiro. Contudo, questões como a idade mínima para aposentadoria e a instabilidade daqueles que se encontram na chamada faixa de transição, são as principais hesitações dos brasileiros.       A fixação da idade mínima para aposentadoria aos 65 anos descontenta, sobretudo, as pessoas que possuíam aptidão para se aposentar por tempo de contribuição. Mesmo demonstrado através do bônus demográfico do IBGE, o aumento da expectativa de vida dos brasileiros é discrepante entre as regiões do país. Não se pode homogeneizar os aspectos envolvendo a qualidade de vida e trabalho em um país plural como o Brasil.       Segundo pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, 60,1%  dos entrevistados entre 35 a 54 anos são contrários às alterações propostas pela reforma previdenciária. Esse grupo é composto pelos inclusos nas regras transição, onde a aposentadoria pode se tornar mais distante e o tempo de contribuição maior. Investir na previdência passa a ser assunto discutível e incerto.       A falta de debate sobre o tema em meio à hodierna crise político-econômica preocupa aos brasileiros. Cabe ao governo ampliar a discussão sobre o assunto por meio de consultas públicas. Cabe ao Estado realizar ações de educação sobre a reforma para que os brasileiros entendem o seu funcionamento. Cabe a mídia informar com linguagem acessível para compreensão do tema.