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Enviada em: 16/06/2017

O século XX é marcado pelo salto na expectativa de vida da população global, decorrente principalmente dos avanços da medicina. Insustentável e deficitário, o modelo de previdência brasileiro não acompanhou o crescimento na expectativa de vida de seus contribuintes. Faz-se natural o debate entre sociedade e governo para que seja construído um novo modelo pautado na segurança contábil e isonomia.       Países desenvolvidos como Japão e Alemanha enfrentam duas situações que começam a fazer parte da realidade brasileira: o envelhecimento populacional e a diminuição do índice de natalidade. Somados, estes dois fatores representam a inversão do modelo de pirâmide etária comum nas últimas décadas: estreita-se a base jovem e dilata-se o topo envelhecido. Como resultado, estes países adotaram novos modelos previdenciários, aumentando o tempo de contribuição e garantindo a segurança contábil do sistema implementado.       Arcaico, o modelo previdenciário brasileiro é deficitário, insustentável e desigual. Neste ponto, o princípio da isonomia, que é  garantido na constituição, não é aplicado: setores como o judiciário, o militar e as mulheres têm regras diferentes de aposentadoria. Os avanços sociais auferidos nas últimas décadas mitigaram as diferenças sociais entre homens e mulheres, como também dos diversos setores da economia. Portanto, para que a reforma tenha aceitação popular, é necessário que seja realizada para todos os contribuintes.       Nota-se, portanto, a importância da reforma proposta para revigorar a balança da previdência e garantir o pagamento de benefícios no futuro. Sendo assim, é dever do governo federal apresentar de forma clara os balanços contábeis da previdência. Ao Congresso cabe a realização de debates que espelhem os clamores e receios da sociedade. À população, cabe expressar sua vontade através de contato com os congressistas e através de manifestações democráticas, para que seus anseios somem-se ao debate democrático.