Enviada em: 17/06/2017

Com o surgimento durante o século XIV e consolidada logo depois com as leis trabalhistas na Era Vargas, a previdência social emergiu para apoiar e garantir os direitos dos trabalhadores brasileiros. Entretanto, recentemente ela tem sido alvo de debates polêmicos gerados a partir de uma possível reforma no sistema atual.        Com o desenvolvimento e a melhoria nos serviços prestados a população, a expectativa de vida tem aumentado cada vez mais no país. Tal fato contribui para um número maior de idosos e que aumentará com o passar do tempo. Além disso, segundo dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), hoje são necessários nove trabalhadores ativos para assegurar a aposentadoria de uma pessoa. No cenário brasileiro um número maior de idosos e menor de jovens com atividades remuneradas, que contribui para um possível colapso no conjunto, e como uma forma de precaução, afim de evitar um dano maior, o governo propõe uma reforma previdenciária o quanto antes.         Por outro lado, o que parece ser uma saída para tal problemática se torna o pesadelo para quem ainda não se aposentou, como no caso das mulheres. A nova proposta diz que a idade mínima para aposentadoria será de 65 anos para ambos os sexos. Porém, o quadro da mulher no mercado trabalho, mostra que mesmo com direitos conquistados ao londo dos anos, a desigualdade salarial desse grupo em relação ao homem é desproporcional, mesmo ocupando cargos respectivos, consequência de uma herança cultural machista e a entrada tardia no trabalho.       Logo o que se mostra como salvação pode não ser de fato algo benéfico para alguns, portanto, cabe ao governo analisar o evento em ambas as partes, para que não ocorra mais desigualdade para as mulheres nesse âmbito. A população deve ter participação ativa antes de qualquer decisão, a mídia pode ajudar como fonte de divulgação para esclarecer a todos os benefícios e malefícios sobre a reforma. Ratificando o que o poeta Mario Quintana disse a respeito do tempo.