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Enviada em: 14/06/2017

O excerto musical interpretado por Ivete Sangalo,"moro num país tropical, abençoado por Deus", traz uma grande reflexão ao retratar, de maneira idealizada, os entraves vivenciados pela sociedade na busca por uma vida mais digna e equânime. Dessa forma, trata-se uma vergonhosa realidade dos dias atuais nutrida pela reforma previdenciária e constitui, em síntese, uma dura afronta a democracia, além de uma perversa mutilação dos direitos constitucionais.           Nessa linha de raciocínio, cabe destacar que a forma com a qual foi aprovada a Nova Previdência, configura-se como umas das principais causas para a resistência ao modelo instaurado, fato comprovado pelas diversas pesquisas e atos de indignação mostrados nas redes sociais. Essa conjuntura é deveras indignante, evidencia um perverso golpe a largo estrato da população, principalmente o de menor renda, subtraindo-lhes brutalmente sua qualidade de vida e condicionando-o a constante dependência estatal, bem como persistente insegurança financeira. Ao se refletir lucidamente a respeito desse projeto, prestes a ser sancionado pela Presidência da República, chega-se a uma avaliação de que essa proposta representa um grave retrocesso aos direitos adquiridos, por meio de muita luta, de largo estrato da população do país.                Ainda é crucial enfatizar a densa subtração dos direitos desse grupo social. Em contraposição a Constituição Federal/88, a qual assegura vida digna a toda cidadão, tem-se lamentavelmente, uma cruel e intensa ampliação das atividades laborais que culminam, drasticamente, em ampliação do quadros patológicos. Tal enfoque, lamentavelmente, fere a respeitabilidade do segmento coletivo ativo do país, visto que não são feitos estudos aprofundados com o intuito de tratar de forma desigual na medida das desigualdades, entretanto, tem-se tentado instituir genericamente uma Lei na qual não são observados atentamente os critérios essenciais que precedem, nesse caso, aumento de tempo de contribuição na esfera previdenciária.               Diante dessa gravíssima problemática de ordem pública, urge portanto, que haja um levantamento pelo IBGE com a finalidade de mensurar, regionalmente, o espelho social etário e, assim, adequar o que apregoa o projeto à realidade da comunidade. Ademais, e não menos importante, faz-se necessário que sejam criados pelos Governos Estaduais em associação aos Municipais, seminários e ações educativas com o intento de esclarecer à população os reais impactos dessas medida e, juntamente a ela, amenizar, por meio de um Fundo de reserva, assegurando-lhe uma melhor qualidade de vida com menos preocupações.