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Enviada em: 13/06/2017

Desde o século XX, as inovações tecnológicas e científicas vêm sendo responsáveis por profundas mudanças nos cenários sociais, especialmente nos de países subdesenvolvidos, a exemplo do Brasil. A criação de medicamentos, de vacinas e de métodos contraceptivos, a título de ilustração, proporcionaram o aumento significativo da expectativa de vida, bem como a redução da natalidade. Nesse contexto, a pirâmide etária brasileira tem ganhado novos contornos, refletindo o envelhecimento populacional do País. Em razão disso, as perspectivas concernentes à aposentadoria remunerada têm sido negativas, o que fomenta a realização de reformas no sistema previdenciário por parte do Estado.      De fato, a feitoria de mudanças no atual modelo de seguro social se faz imprescindível no contexto de crise econômica do Brasil. Segundo especialistas em finanças, caso as reformas não sejam concretizadas, os rombos do País devem aumentar, situação que agravaria o atual quadro problemático da sociedade brasileira, na qual o desemprego e a inflação vêm crescendo. Além disso, assim como aconteceu no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Sul, estados os quais foram intensamente afetados pelo colapso financeiro, os aposentados poderiam deixar de receber o benefício social, garantido pela Lei, e, por consequência, teriam sua qualidade de vida minorada, o que representaria uma grande injustiça em relação àqueles cuja força de trabalho tanto contribuiu para o crescimento do País.     Em contrapartida, muitos alegam que as reformas previdenciárias são desnecessárias, levantando a corrupção como fator responsável pelo atual cenário social brasileiro, e, por consequência, defendendo o fim desse elemento cultural como único meio de resolução do problema em questão. Tal argumento, em verdade, tem certa contundência, porém, é utópico imaginar que tal comportamento desvirtuoso –– o qual remonta ao Período Colonial –– pode ser suprimido do Brasil. Sob o mesmo viés contrário às mudanças, pode-se analisar ainda a rejeição diante das atuais propostas de regulamentação da aposentadoria, as quais são tratadas como um desrespeito ao povo. Com efeito, o planejamento em discussão possui medidas equivocadas cuja remodelação torna-se necessária.     Portanto, afim de promover a segurança financeira dos aposentados e das gerações futuras, é imprescindível a realização de reformas na previdência. Para isso, no entanto, faz-se mister que haja um planejamento pautado em projeções sociais. Nesse sentido, geógrafos, sociólogos e economistas devem promover debates visando ao encontro de ideias e de projetos benéficos à população. Ademais,  com o fito de estabelecer o equilíbrio comunitário, é fundamental que o Estado procure conhecer, por meio de pesquisas, os pensamentos dos contrapontos ideológicos tangentes às mudanças previdenciárias, pois, assim, será possível garantir a seguridade econômica dos brasileiros.