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Enviada em: 19/06/2017

De acordo com o positivista Émile Durkheim, na sociedade capitalista todos nós somos um só. A partir desse pressuposto, não haveria oposição para uma reforma do sistema previdenciário de maneira simplista. Todavia, no Brasil, país ainda de conceitos retrógrados, de um passado escravocrata, há especializações da mão de obra exigindo do indivíduo pouco ou demasiado esforço físico, assim é imprescindível uma reforma que "abrace" a pluralidade.  A reforma é algo inevitável, uma vez que, acarreta, ano após ano, em aumento dos gastos da Previdência Social. Fato que corrobora é a paulatina inversão da pirâmide etária. Mas, o aumento no período de contribuição, assim como na idade mínima, não de fato a solução à problemática.  No Brasil há relevante e crescente número de pessoas em trabalho informal, às vezes, perdurando anos nesse meio, há também indivíduos que trabalham com afinco em serviços braçais, outros que produzem ao permanecer em escritórios; enfim, são exemplos de situações que serão consideradas igualitárias perante a reforma. Assim, a discussão sobre a Proposta de Emenda à Constituição 287/2016 deve ser avaliada crítica e minuciosamente perante as inúmeras classes trabalhista.   O "rombo" na contas públicas existe, no entanto, não só proveniente da massa. Abranger demais camadas, como parlamentares e militares, possibilitaria uma sociedade menos dispare com relação aos diretos à previdência social, ao considerar revisões como, por exemplo, a idade mínima de 30 anos para a reserva dos militares. Mediante as constatações, o objetivo da reforma, que ora é o corte de gastos, tratado de maneira superficial, tende a ser falho e ineficaz ao que se pretende.   Portanto, há de se considerar durante a votação na Camâra e Senado, a flexibilização quanto as especificidades do trabalho exercido pelo indivíduo. Paralelamente, realizar reformas para o sistema previdenciário militar e parlamentar, de tal forma a tornar o sistema mais igualitário.