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Enviada em: 17/06/2017

Diante da atual situação econômica brasileira é inquestionável a necessidade de um reforma previdenciária, partindo do raciocínio de que a sociedade sofreu muitas mudanças desde a Constituição de 1988. A expectativa de vida cresceu assim como os gastos públicos com as aposentadorias e as condições de o cidadão trabalhar por um maior período; ao mesmo tempo a taxa de fecundidade diminuiu comprometendo a produtividade do país.   No início do ano o  presidente Michel Temer anunciou a Proposta que previa a Reforma da Previdência, mudando de 60 para 65 anos e de 15 para 25 anos de tempo mínimo de contribuição para se aposentar, argumentando que a reforma é necessária a fim de evitar colapsos futuros, que poderiam provocar a suspensão de pensões, aposentadorias e outros benefícios.    No entanto é pertinente considerar que a qualidade de vida é diferente em todos os estados brasileiros e assim, não é coerente que um cidadão do Distrito Federal, melhor IDH do país, tenha os mesmos direitos que um de Alagoas onde as condições de vida estão entre as mais precárias e a expectativa de sobrevivência é de em média 64 anos.  É inaceitável que um governo decida mudanças que refletem tão diretamente na vida do povo, sem que este consinta. Estas mudanças são necessárias por conta da crise que se agravou significativamente devido ao rombo aos cofres públicos por corrupção de políticos, e é o cidadão que vive os reflexos desta situação.    A fim de promover o equilíbrio do sistema previdenciário mantendo os direitos dos cidadãos, o governo deve rever a proposta de reforma tornando justa a idade para aposentadoria de acordo com a qualidade de vida de cada estado, diminuindo a idade naqueles em que os trabalhos predominantes são braçais e/ ou confere ao trabalhador diminuição em sua expectativa de vida; deve ainda manter as atuais investigações e punições para políticos envolvidos em corrupção e lavagem de dinheiro, exigindo a reposição do dinheiro para diminuir assim o rombo da verba pública.