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Enviada em: 13/06/2017

O sistema previdenciário foi criado por Otto Von Bismarck para os então velhos trabalhadores simplesmente não morrerem sem dinheiro ou trabalharem até a morte. Esse sistema funcionou em diversos países, porém muitos esqueceram de olhar os dados geográficos e ver que a população envelhecia cada vez mais e menos gente nascia para repor esses contribuintes que se aposentavam. Sendo assim, houve a inversão da pirâmide etária, nascendo o problema.   O déficit previdenciário pode atingir os R$200 bilhões em 2017 e, para comparar, nosso governo investe R$90 bilhões nas forças armadas, o que é menos da metade do déficit. Os culpados por essa conta que não fecha são vários. Podemos citar as super aposentadorias de servidores públicos de alto e médio escalão, que se aposentam com salários que muitas vezes passam de R$20 mil reais. A aposentadoria desses servidores é responsável por aproximadamente 25 % do orçamento previdenciário, mas eles não são nem de perto 25% da população de aposentados, chegando a míseros 11%.    Outro ponto a destacar na previdência que gera um problema é a idade. Muitas pessoas se aposentam com menos de 55 anos, consomem recursos e não produzem mais, enquanto poderiam produzir e se aposentar aos 65 anos. A população que não é reposta também é um dos pilares desse problema. Em 1960 a taxa de fertilidade era 6, hoje ela é de 1.7, menos do que a ONU diz como necessária, que é 2. Ou seja, nem sequer repomos a população necessária para bancar esse sistema.    A reforma da previdência é necessária, porém as discutidas atualmente não são uma solução. O Estado deve incentivar a população a investir em fundos de pensão e previdência privada, cortar regalias para servidores com salários exorbitantes, incentivar a natalidade para que ela alcance uma taxa 2. Dar uma qualidade de vida suficiente para que a nova geração possa produzir para si e para os mais velhos é um caminho, porém é um caminho muito longo que precisa começar a ser trilhado agora.