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Enviada em: 15/06/2017

O dilema demográfico proporcionado pelo envelhecimento da população é um processo inerente ao desenvolvimento econômico. Quase totalidade dos países desenvolvidos enfrentam sérios desafios oriundos desta temática. Deste modo, resta evidente que o Brasil necessita compreender esta dinâmica sócio-econômica e empreender medidas que, a longo prazo, visem a atenuar este influxo inexorável.  Não obstante o Brasil esteja atravessando um período recessivo, o porte do seu parque industrial, bem como seu sólido protagonismo no mercado de commodities o põe na esteira do desenvolvimento econômico. Concomitantemente a este fato, é importante compreender que a estrutura social brasileira também sofre mudanças.  O alto nível de industrialização requer que a mão de obra seja altamente qualificada. Diante disso, em busca de maior especialização, as pessoas secundarizam o momento reprodutivo. Além disto, economias tipicamente industriais possuem um elevado índice de urbanização - como é consabido, o custo de vida no meio urbano é alto - constituindo, também, um importante vetor para a atual conjuntura demográfica.  Neste contexto problemático para a previdência social, um pesado fardo recai sobre os jovens e adultos que compõem a população economicamente ativa. Nesse ínterim, a necessidade de reformas torna-se estritamente necessária com vistas a longo prazo, como o aumento do tempo de contribuição. No entanto, tais medidas tornam-se onerosas a grande parte da população, uma vez que parte dos brasileiros é despida de qualificação profissional e de um amplo acesso à saúde.  Diante do exposto, é premente a necessidade do Brasil se planejar para o futuro. No entanto, estas medidas que são traduzidas nas reformas impopulares precisam ser executadas em concomitância com o oferecimento de educação de qualidade para os jovens brasileiros a fim de que estes não sofram com frustrações profissionais futuras, bem como um amplo acesso à saúde, para que todos gozem do maior tempo vital previsto