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Enviada em: 14/06/2017

"A corda sempre arrebenta do lado mais fraco"  Em um contexto brasileiro de crise econômica, reformas como a previdenciária têm sido propostas pelo governo. As mudanças buscam evitar que, a longo prazo, o Estado não tenha receita suficiente para pagar todas as aposentadorias. Entretanto, além de impopular, a reforma pode ser considerada alienada da realidade nacional.  Em um primeiro momento, é necessário notar que as mudanças na pirâmide etária vem, de fato, alterando as contas públicas. Com o aumento crescente da expectativa de vida e a queda da taxa de natalidade, a população economicamente ativa brasileira despencou nos últimos anos. O fato resulta em um número menor de pessoas trabalhando para subsidiar mais aposentadorias, o que gera uma receita deficitária.   Entretanto, as medidas propostas para resolver o problema orçamentário ,além de desaprovadas pela população, parecem não acompanhar a realidade do país.  Uma das alterações é o aumento da idade mínima de contribuição, que atualmente não existe e, segundo a reforma, deve passar a ser de 65 anos. Entretanto, em algumas regiões do país, como áreas do Maranhão, a expectativa de vida não chega a isso, sendo o direito a aposentadoria negado, de forma indireta, à essas pessoas.   Em suma, nesse contexto de déficit público, é evidente que mudanças sejam feitas, mas que essas acompanhem a realidade do brasileiro, que não deve ter seu direito à aposentadoria contestado. É necessário que o Ministério da Fazenda busque, antes de reformar a previdência, outras formas de reter mais dinheiro público, como por meio da diminuição de benefícios, a exemplo, a cota parlamentar, que só vem aumentando. Além disso,  é necessário que pesquisas aprofundadas sejam feitas pelo mesmo ministério, analisando quais medidas seriam cabíveis dentro do contexto nacional, antes de que mudanças como as atuais sejam propostas.