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Enviada em: 17/06/2017

Dignidade até o fim.   A primeira Constituição brasileira, de 1824, já citava, de maneira vaga, um artigo sobre a previdência social. Com a evolução legislativa, esse sistema foi ganhando corpo e sofreu grande progresso no governo de Vargas, com a criação do Departamento de Previdência Social, em 1946. Hoje, nosso sistema previdenciário necessita de reformas por diversas razões, porém com bom senso e justiça por parte dos legisladores. O fato que precisa ser discutido sem negações é: os brasileiros estão envelhecendo. Esse problema é consequência dos avanços na medicina, urbanização e entrada das mulheres no mercado de trabalho e já vem afetando a maioria dos países europeus. Segundo o IBGE, se em 2015 existiam 9 jovens para sustentar cada idoso, em 2060 haverá apenas 2. Com isso, não é difícil concluir que a Previdência precisará de reforma, independentemente do fato de haver ou não déficit previdenciário.   Porém, a necessária e urgente reforma não deve afetar uma parcela da população que recebe o mínimo da previdência para sobreviver enquanto muitos ganham mais do que precisam ou estão aposentados por invalidez sem necessidade. Por exemplo, a polêmica previdência militar, que realmente deve ser mais generosa devido a importância da função exercida por seus membros ao país, poderia sofrer reformas também. No entanto, esse setor não foi incluso no projeto, por mais que seja responsável por um déficit de 34 bilhões, segundo o Ministério da Fazenda.   Com isso, tem-se que apesar de ser preciso reformular a Previdência Social brasileira a fim de atender uma nova dinâmica populacional no futuro, a dignidade humana e justiça devem prevalecer. Por isso, o diálogo entre população e governo deve ser intenso. O povo, através do voto consciente e da mídia atuando com transparência, deve participar também dessa reformulação, ratificando assim, sua cidadania garantida por lei.