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Enviada em: 21/06/2017

As pesquisas estatísticas da OMS confirmam que nas próximas décadas a população idosa mundial triplicará. Analogamente, o Brasil será afetado por esse processo, cuja consequência é o aumento de aposentados e a diminuição de contribuintes ativos. Para isso, foi criada a Reforma na Previdência, que vem sendo discutida por economistas e pela população quanto aos seus impactos sociais. Nesse contexto, é necessário avaliar as consequências negativas que a sociedade enfrentará.    Em princípio, as propostas aumentam a idade mínima de aposentadoria para 65 anos, tendo em vista que o trabalhador só receberá 100% do benefício caso contribua por 49 anos. Essa medida não abrange as condições de todos os brasileiros que, apesar da alta expectativa de vida, ainda enfrentam disparidades, seja pela condição de trabalho, desemprego ou classe social. Segundo o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a população pobre não ativa sequer pode fazer parte dessa Previdência, tendo seu direito social retirado injustamente.    Por outro lado, é visível a necessidade de mudar a realidade econômica do Brasil e diminuir os gastos públicos. Entretanto, a implementação da Reforma foi pensada radicalmente, sem consultar a opinião da população e visando apenas a mudança em curto prazo do cenário de crise e instabilidade. De acordo com as regras, haveria uma enorme quantidade de idosos empregados, cuja produtividade seria menor se comparada aos mais jovens.     Percebe-se, portanto, que é preciso adequar a Reforma às necessidades da população. Sendo assim, o Ministério da Fazenda, órgão responsável pelas medidas deve reajustar o tempo mínimo de contribuição, aumentando apenas alguns anos, a fim de que a população adapte-se  e a economia possa melhorar gradativamente. Ademais, o Governo Federal pode utilizar a mídia televisiva e a internet para levar à sociedade os benefícios da proposta e, principalmente, engajar a participação de todos nessa escolha de interesse social.