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Enviada em: 18/06/2017

Reforma ainda que tardia      A transição demográfica brasileira se dá de forma abrupta. O envelhecimento populacional gera impactos nos setores do Estado, destacando o da previdência social. Assim, medidas devem ser tomadas para garantir o direito à aposentadoria das gerações futuras e atual. No entanto, as reformas previdenciárias devem se dar mediante amplo debate com a população e levar em consideração sua heterogeneidade.      Discussão profunda, mediada pelo quarto poder - as mídias em geral, pode esclarecer a situação atual e o que se espera para os próximos anos. Expondo que os governos anteriores não planejaram os gastos dos fundos, consumindo-os, como no caso da construção de Brasília. Como salientado por Marx, a superestrutura age sobre a infraestrutura, neste caso, privilegiando uma pequena aristocracia - políticos, militares e funcionários públicos de alto calão, em detrimento da grande massa de trabalhadores.      Essa maior parcela da população será a mais afetada, pois as condições do mercado de trabalho não permitem que as pessoas contribuam com o mínimo de 25 anos requeridos para se aposentar. Cerca da metade dos trabalhadores possuem empregos precários. Portanto, "a conta" terá que ser partilhada por todos, abarcando todos os modelos de aposentadoria, acabando com as regalias ainda vigentes. Bem como, tratar com equidade os indivíduos, em função da diversidade de realidades existentes no país.      Fica evidente, portanto, que a reforma previdenciária é premente. Neste sentido, faz-se necessário ações afirmativas, como a redução de impostos nas empresas que mantiverem pessoas acima de 50 anos. Além disso, a inserção de fatores sociais, como redução de 30% para cada ano de trabalhado em serviços insalubres ou com periculosidade, bem como para professores e trabalhadores rurais. Sendo relevante, ainda, a difusão dos debates, por meio das mídias, expondo pontos de vista distintos. Só assim, incluindo todos os atores no processo se conseguirá equidade.