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Enviada em: 17/06/2017

A reforma previdenciária brasileira vem gerando notáveis discussões atualmente por parte da população.     Se, por um lado, há os que concordam com a reforma, manifestando no sentido de que ela é necessária, tendo em vista o atual déficit previdenciário e a projeção de piora caso uma mudança drástica não seja acionada, por outro lado, grande parcela da população reprova tal reforma.    Considerando a queda do poder de compra da moeda brasileira, aumentar o tempo de contribuição previdenciária representa um retrocesso para o trabalhador, ao qual não deve ser atribuído essa sobrecarga injusta, visto que as atuais condições trabalhistas e salariais no Brasil já não são favoráveis ao assalariado, relativamente a outros países, como a Suécia, onde a carga horária diária é de 6 horas.      Por outro lado, o aumento do subsídio dos políticos nesse cenário atual só escandaliza ainda mais a situação dessa disparidade, pois revela que o atual governo não está verdadeiramente governando com vistas a equilibrar ou, pelo menos, amenizar o rombo fruto da corrupção e das mazelas políticas que se está presenciando nos noticiários.     Nesse sentido, é necessário que se considere o princípio do não-retrocesso de direitos ao trabalhador, com o total descarte dessa medida no congresso, dado que ela fere frontalmente a dignidade da pessoa humana, tão cara à nossa Constituição de 1988 e ao nosso Estado Democrático de Direito.