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Enviada em: 25/06/2017

Em meados do século XX, no período pós- Segunda Guerra Mundial, houve uma explosão demográfica em que a nova geração denominou-se “baby boomers”. Entretanto, a alta taxa de natalidade do pós-guerra e a população relativamente jovem são drasticamente alterados nas décadas que se seguiram. Nesse cenário, o Brasil vivencia um envelhecimento e redução do número de nascidos na população, vislumbrando, inclusive, uma inversão da pirâmide etária do país. Sendo assim, reformas são necessárias para adequação ao novo quadro social, contudo que não lesem as minorias.       Em primeiro plano, o envelhecimento da população brasileira compromete a máquina pública- despreparada para tal realidade. Haja vista que o Brasil possui um dos maiores gastos com pensões e aposentadorias do mundo, o aumento do numero de beneficiários traria grandes prejuízos ao Estado na atual conjuntura. Desse modo, a Reforma da Previdência é vital para a manutenção do sistema.       Todavia, tais alterações devem analisar as diversas conjunturas sociais e econômicas do Brasil para não subjugar grupos minoritários. Propostas como o aumento do tempo de contribuição e da idade mínima obrigatória dificultam a aposentadoria das camadas sociais inferiores. Uma vez que trabalhadores de regiões interioranas, de zonas rurais e não escolarizados possuem menor expectativa de vida, mais tempo na informalidade e desempregados, as mesmas regras para todos os trabalhadores prejudica às minorias – que não conseguiriam desfrutar dos benefícios previdenciários tal como um trabalhador escolarizado e em região de alta expectativa de vida. Portanto, a equidade deve ser principio norteador das reformas.       Diante do apresentado, a reforma do Sistema Previdenciário brasileiro faz-se necessária para avanços do país. Entretanto, para que não haja retrocesso social, as mudanças devem adequar-se à realidade do Brasil. Assim, a sociedade civil deve reivindicar participação nas propostas de reforma através de protestos nas ruas e nas redes sociais. Além disso, o Estado e a mídia devem promover campanhas e debates para conscientizar a população quanto à necessidade de alterações no sistema previdenciário.