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Enviada em: 19/06/2017

A previdência social é um direito de todo cidadão previsto pela Constituição Federal a qual garante renda ao contribuinte em situações de falta de trabalho temporária e de aposentadoria. No entanto, a possível reforma em trâmite que a envolve, que visa contribuir para reverter a crise econômica atual, esbarra na realidade social do país, o que implica em vários questionamentos sobre sua execução. Logo, é importante buscar alternativas viáveis para solucionar os problemas do pais sem prejudicar o futuro da população.        A condição econômica hodierna do país tem obrigado o chefe de Estado a procurar medidas para contorná-la. Diante disso, como um dos fatores que mais colaboram para a arrecadação de capital é a previdência, abriu-se uma brecha para promover mudanças nesse sistema. Tal fato também tem fundamento na transição demográfica que está ocorrendo no Brasil, pois uma vez que nascem menos indivíduos e há um aumento na expectativa de vida populacional, consequentemente, cairá o número de contribuintes e implicará em um déficit negativo para os cofres públicos. No entanto, a inversão da piramide etária é gradativa e a nação ainda se encontra em processo de desenvolvimento, o pode significar na não urgência das reformas previstas.       Nesse contexto, algumas das alterações ignoram a condição social real. Isso está relacionado com  o tempo para a efetivação da aposentadoria, a qual subirá para sessenta e cinco anos para os homens e para sessenta e dois anos para as mulheres. Esse cenário não considera as disparidades sociais das cinco regiões brasileiras e suas respectivas estimativas de vida. Além disso, encontram-se os cidadãos que não possuem carteira de trabalho assinada, os que trabalham na zona rural e possuem um ou menos de um salário mínimo. Em razão disso, por não existir no país uma equiparação das condições de vida e de trabalho dignos, percebe-se uma inviabilidade das atuais propostas reformistas.       Portanto, como a previdência é imprescindível para a seguridade da vida dos cidadãos, é necessário que o governo encontre saídas para não esbarrar na perspectiva de vivência individual. Para isso, como o principal motivo das reformas é econômico, deve-se diminuir outros gastos públicos, como salários de políticos e regalias dadas a eles. Ademais, é indispensável que seja disponibilizado a todos os brasileiros oportunidades igualitárias desde saúde até emprego, para que, assim, seja justa qualquer alteração previdenciária.