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Enviada em: 24/06/2017

A lei 8213 é a responsável por garantir a previdência social aos trabalhadores contribuintes em caso de desemprego, idade avançada ou morte. No entanto, devido ao envelhecimento da população, esse sistema tonou-se deficitário e, por este motivo, é necessário discutir-se as reformas propostas nessa área. Nessa perspectiva, as mudanças propostas pelo governo são essenciais ao desenvolvimento da nação, o que é explicado pelo atual cenário econômico do país e pelas transformações que acometem a nossa pirâmide etária.        Ao analisar-se a economia brasileira, pode-se constatar que os gastos previdenciários, em 1997, margeavam 0,7% do PIB nacional, que, por sua vez, era quase 50% menor que o atual. Contudo, atualmente, o mesmo mecanismo ocupa 2,3% do Produto Interno Bruto do Brasil, totalizando um encargo de cerca de 150 bilhões de reais. Outrossim, também é pertinente considerar um estudo, feito pelo Ministério da Fazenda, que projeta que a carência nessa estrutura chegará à cifra de 200 bilhões em 2020, tornando-se assim, insustentável para um país emergente em estado de crise econômica.        Ademais, o Brasil não é o primeiro país a reformar sua previdência social. A Grécia e a Espanha, por exemplo, passaram por mudanças significativas em suas pirâmides etárias em um passado próximo e, por isso, já realizaram alterações em tal segmento. Atualmente, nossa população também sofre uma grande transformação em sua faixa etária, o que se deve, principalmente, ao processo de industrialização e ao advento da tecnologia que, juntos, proporcionaram mais comodidade e melhores condições de vida ao cidadão brasileiro. Analogamente, é importante salientar que todos os países desenvolvidos passaram pela mesma transição em meados do século XX e, nos lugares em que a previdência existe, foram necessárias adaptações para garantir sua viabilidade.       Diante dessa conjuntura, a inevitabilidade da implantação da reforma previdenciária fica evidente. Entretanto, o projeto não é bem compreendido pela sociedade e, por este motivo, medidas devem ser tomadas. Dessa forma, concerne à mídia criar e veicular campanhas sociais que expliquem as alterações de forma clara, para que a população entenda a real necessidade da mudança e apoie o governo em prol de um processo menos conturbado. Some-se a isso a realização de palestras e debates, que devem ser feitas pelas escolas, de modo que os jovens, que serão diretamente afetados, deliberem sobre o tema de forma imparcial e, por fim, concluam sobre os avanços e retrocessos causados pela possível implantação da proposta.