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Enviada em: 10/09/2017

Um assunto delicado, mas que deve ser tratado de forma séria e urgente. Assim, pelo menos a longo prazo, podemos pensar em um equilíbrio das contas referentes à previdência social. Sobre estas contas incidem variáveis como o envelhecimento da população e a inserção da mulher no mercado de trabalho, a qual pode diminuir, futuramente, o número de contribuintes. Mas temos outras preocupações. Atualmente, o número de jovens que poderiam arcar com os custos da aposentadoria é suficiente, porém a crise econômica, o desemprego e o trabalho informal contribuem para um déficit bilionário. No que tange ao envelhecimento e à mudança de postura social das mulheres, abdicando da natalidade e investindo na  qualificação de suas carreiras profissionais, o Brasil pode prever e prevenir erros, utilizando como referência países que tiveram uma industrialização mais precoce e já sofrem com a falta de mão de obra, como a Alemanha, por exemplo. Lá, a imigração seletiva está sendo uma alternativa à escassez de mão de obra e, por conseguinte, de contribuição. Além dessa evidente diminuição futura de contribuintes, o desemprego atual de cerca de treze milhões de jovens brasileiros, é outro fator que justifica a intervenção do governo no cenário previdenciário, com a reforma. Contudo, o aumento dos impostos e da idade mínima para a aposentadoria podem não ser suficientes para uma quitação total das contas, visto a diminuição da oferta de emprego e o crescimento da informalidade no âmbito laboral. Portanto, fica evidente a necessidade da reforma. Porém, além das propostas postas em votação esse ano, o governo federal deve agir na criação de empregos e na intensificação da fiscalização (um gargalo antigo ao nosso progresso) sobre a informalidade. Os ministérios da saúde e da educação, juntos, podem traçar um plano de natalidade, que abasteceria o mercado futuro. E, por fim, as empresas respeitarem a integridade física e mental dos trabalhadores, já que estes vão trabalhar por mais tempo.